Policiais penais voltam a paralisar atividades na Penitenciária Central de Cuiabá e cobram melhorias

Por Redação em 25/05/2022 às 17:52:33

Entre as reivindicações, eles pedem melhoriais nas condições do trabalho e pela liberação do uso de celulares dentro da área administrativa das unidades prisionais. Policiais penais paralisam atividades não essenciais em forma de protesto por melhorias na categoria

Reprodução

Os policiais penais suspenderam nesta quarta-feira (25) os serviços não essenciais na Penitenciária Central do Estado (PCE) como uma forma de protesto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen), Amaury Neves.

As visitas, atendimentos a advogados, recebimento de presos e saída deles ao trabalho estão suspensas durante esse período de protesto. Segundo ele, a mobilização segue até este sábado (28).

A categoria cobra melhores condições na estrutura do trabalho e falta de trabalhadores efetivos na área.

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"O protesto é devido a falta de efetivo na unidade que está comprometendo a segurança da unidade. Estamos fazendo o protesto devido a falta de estrutura para o trabalho", afirmou.

Além disso, a classe também não concorda com a proibição do uso de celulares na área administrativa da unidade prisional. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) proibiu a entrada de celulares e o uso dos aparelhos fora do horário dos agentes penitenciários.

"Dentro dessa falta de estrutura proibiram o uso de celular para o policial penal dentro da área administrativa. Concordamos que seja proibido o uso de celular na carceragem da unidade, mas na área administrativa achamos um pouco arbitrário e desequilibrado, pois nessa área não temos contato com o preso", explicou.

Segundo ele, o uso do aparelho é feito para estabalecer a comunicação entre as torres de vigilância, com equipes de escolta e de operações intra e extra muro. "Também usamos para comunicar algum familiar para dizer que o preso está doente ou que precisa de algum socorro rápido. Estão nos privando disso", disse.

O meio de comunicação tradicional tem sido insuficiente, segundo ele. "São precários e as frequências são copiadas por facções criminosas, infelizmente", contou.

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Greve dos servidores

No final de 2021 até o começo deste ano, os servidores penais fizeram uma paralisação que durou mais de um mês. Algumas unidades se recusaram a receber presos durante o protesto e o movimento chegou a ser judicializado pelo governo estadual.

Atualmente são mais de 2,8 mil servidores penais no estado, distribuídos em 46 unidades prisionais. À época, eles cobravam uma recomposição salarial referente aos últimos 10 anos e com previsão de equiparação salarial de forma gradativa.

Após várias idas e vindas em negociações, a categoria voltou ao trabalho normalmente. Porém, nesta quarta-feira (25), voltaram a manifestar insatisfação com as condições da área.

Fonte: G1

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