Para 2023, resultado do PIB brasileiro deve ser o sexto pior entre o grupo de 20 países A Moody"s revisou hoje suas projeções para as economias do G-20, o grupo dos 20 maiores PIBs do mundo. O Brasil foi um dos quatro países que teve a perspectiva elevada, para 1,7% este ano. Ainda assim, caso esse número se concretize será o terceiro pior do mundo, ganhando apenas da Rússia, que está em guerra e deve ver a atividade encolher 7,0% este ano, e da Alemanha, com crescimento de 1,4%. A média dos dez emergentes do grupo este ano é de crescimento de 3,3%.
Para 2023, o quadro não é muito melhor. Com projeção de expansão de 0,7%, o PIB brasileiro deve ser o sexto pior do G-20, ficando melhor apenas que Rússia (-3,0%), Alemanha (-0,4%), Itália (zero), o agregado da zona do euro (0,3%) e França (0,5%).
“Em países emergentes, incluindo Índia, Brasil, Indonésia, México e África do Sul, os setores de serviços estão recuperando força. Além disso, a atividade manufatureira está se expandindo em países como Índia, Indonésia, Turquia e Brasil”, diz a Moody"s no relatório divulgado hoje.
Segundo a agência, apesar da revisão para cima na projeção para o PIB brasileiro, o crescimento será relativamente fraco como consequência da fragilidade da demanda, devido à alta inflação de energia, alimentos e bens importados, condições monetárias e financeiras já apertadas e efeitos colaterais do crescimento mais lento nas principais economias do mundo.
A agência aponta que as condições monetárias e financeiras globais continuarão apertadas em 2023 e cita que vários bancos centrais de mercados emergentes, incluindo os da Rússia, Brasil, México e África do Sul, começaram a aumentar as taxas de juros cedo para enfrentar a inflação incipiente decorrente de preços mais altos de commodities e alimentos, além do efeito cambial, bem como em antecipação aos aumentos de taxa pelo Federal Reserve.
Pixabay