Donald Trump é acusado de manter negócios e conta bancária na China

Por Redação em 21/10/2020 às 12:18:32

Nesta terça-feira (20), o jornal norte-americano The New York Times publicou uma matéria destacando a existência de uma conta bancária envolvendo o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na China. A denúncia foi feita em um momento em que a campanha do candidato à reeleição tem acusado o seu opositor, Joe Biden, e o filho deste, Hunter Biden, de serem muito permissivos em relação ao país asiático comunista, além de terem feito acordos comerciais com uma empresa chinesa. A reportagem explica que os jornalistas envolvidos na investigação analisaram os registros fiscais públicos do presidente, mas que as contas estrangeiras não constam ali porque são mantidas sob nomes corporativos.

A conta chinesa, no caso, é controlada pela Trump International Hotels Management L.L.C., rede de hotéis de luxo que reportou alguns milhares de dólares vindos da China. Em resposta, o advogado da Trump Organization, Alan Garten, disse que a empresa "abriu uma conta em um banco chinês com escritório nos Estados Unidos para pagar os impostos locais". Segundo ele, isso teria acontecido depois que a empresa de Trump estabeleceu um escritório na China para "explorar o potencial para negócios hoteleiros na Ásia". No entanto, "nenhum negócio, transação ou outra atividade comercial se materializou e, desde 2015, o escritório permaneceu inativo". Garten acrescenta que "embora a conta bancária permaneça aberta, ela nunca foi usada para qualquer outro propósito".

Leia também

Microfones serão silenciados no último debate presidencial dos EUA

Às vésperas do último debate, Biden abre nove pontos de vantagem sobre Trump, aponta pesquisa

Jornal dos EUA publica matéria com denúncias envolvendo filho de Joe Biden

Até o ano passado, o Industrial & Commercial Bank of China Ltd, maior banco estatal chinês, alugava três andares da Trump Tower, enorme arranha-céu em Nova York que foi construído e fundado pelo atual presidente dos Estados Unidos. O contrato, bastante lucrativo, levou às primeiras acusações de que o aluguel representava um conflito de interesses para Donald Trump. Mais tarde, em 2017, o presidente adicionou seis novas marcas registradas ao seu portfólio na China, nos setores de construção e serviços veterinários, sendo que antes, quando era apenas um empreendedor, quase todas as suas tentativas de manter negócios no país foram mal-sucedidas.

O The New York Times denunciou ainda que, em 2016, logo após ter vencido a sua primeira eleição presidencial, Trump vendeu uma cobertura sua em Manhattan para a chinesa Xiao Yan Chen, que adquiriu o imóvel por US$ 15,8 milhões em uma transação fora do mercado. Chen dirige uma empresa de consultoria internacional e supostamente tem conexões de alto nível com o governo e as elites políticas chinesas. A filha do presidente, Ivanka Trump, também foi mencionada na matéria: o jornal relembrou que a empreendedora registrou sete novas marcas no país em 2018 praticamente ao mesmo tempo que Donald Trump se comprometeu em ajudar a evitar a falência de uma grande empresa de telecomunicações chinesa – apesar da companhia já ter sido acusada de fazer negócios com o Irã e a Coréia do Norte.

Fonte: JP

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90