Itamaraty terá Secretaria do Clima, e Brasil tentará sediar COP 30 em 2025, diz futuro chanceler de Lula

Por Redação em 15/12/2022 às 21:12:55

Diplomata Mauro Vieira, que já comandou Itamaraty de Dilma, deu entrevista à GloboNews nesta quinta. Embaixador diz ter recebido orientação de Lula para retomar pontes com América e África. Anunciado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como futuro ministro das Relações Exteriores, o diplomata e ex-ministro Mauro Vieira afirmou nesta quinta-feira (15) à GloboNews que o Itamaraty deverá ter uma secretaria específica para termas de meio ambiente.

"A preservação ambiental, e a Amazônia especificamente, é uma prioridade amplamente declarada pelo presidente [Lula], não só na COP 27 mas em todas as suas declarações", disse.

"E na política exterior, também será um tema de grande importância. Eu pretendo inclusive criar uma secretaria dentro da estrutura do Ministério das Relações Exteriores que se encarregará de clima, meio ambiente e energia. Para que esses temas sejam tratados de forma conjunta", afirmou.

As secretarias de um ministério são instâncias de alto nível, submetidos apenas ao próprio ministro e ao secretário-geral de cada pasta. O futuro ministro não indicou quem deverá comandar esse setor.

Vieira também disse ter recebido orientação expressa de Lula para que o Brasil se candidate para sediar a Cúpula do Clima de 2025 (COP 30), que deverá ser na América Latina.

Na COP 27, realizada no Egito em novembro, Lula compareceu como presidente eleito e anunciou a intenção de criar uma cúpula para os países da Amazônia Legal, também sediada na região amazônica.

"Da mesma forma, ele [Lula] declarou que vai trazer para o Brasil a COP 30, que é em 2025 e cabe à América Latina. Ele me deu instruções para que se apresente formalmente, a partir de 1º de janeiro, a candidatura do Brasil", disse.

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Reconstruir pontes

Na entrevista, Mauro Vieira também disse ter recebido instruções de Lula para se reaproximar da América do Sul – e da América Latina, em um segundo momento – e reposicionar a África como uma prioridade da política externa.

"Evidentemente, tenho que citar a relação com os nossos parceiros tradicionais, que são os Estados Unidos, a União Europeia e a China, que temos também que ter relações atualizadas e modernas com os três", citou.

Fonte: G1

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