Interventor da Saúde de Cuiabá pede reforço na segurança pessoal

Entre as medidas adotadas pelo gabinte, está a exoneração de servidores contratados temporariamente. Hugo Fellipe Lima, que atua como procurador de MT, foi nomeado interventor na Saúde de Cuiabá

Apromat

O interventor da Saúde de Cuiabá, Hugo Fellipe Lima, solicitou reforço em sua segurança particular. Ele atua na função desde 28 de dezembro, quando a Justiça acolheu a liminar protocolocada pela Procuradoria-Geral de Justiça do Estado e determinou que o governo estadual assumisse a secretaria.

Lima tem à disposição, atualmente, dois agentes de segurança e o número deve dobrar nos próximos dias.

Entre as medidas adotadas pelo Gabinete de Intervenção, está a exoneração, nesta quarta-feira (4), de 30 servidores contratados pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá temporariamente, como assessores técnicos, coordenadores e gestores de unidades.

De acordo com informações levantadas pela TV Centro América, houve aumento de 115% neste tipo de contratação, se comparadas a última gestão e o governo atual. Em 2014, eram 2.075 funcionários contratados temporariamente pelo município. Em 2021, saltou para 4.452.

O excesso de contratações de servidores sem concurso público na Saúde de Cuiabá foi alvo de investigação em outubro de 2021, quando Emanuel Pinheiro, chegou a ser afastado durante a Operação Capistrum, que investigou um “cabide de empregos” no prefeitura para acomodar indicações de aliados, além de obter, manter ou pagar apoio político.

Suspensão de contrato

Também na quarta-feira (4), o invertentor suspendeu por “ausência de prioridade” o contrato de R$ 5,1 milhões para microchipagem de cães e gatos da capital.

A empresa Petimuni Agência Online de Serviços ficaria responsável por registrar, identificar, vacinar, aplicar a microchipagem e a carteira digital dos animais para atender demandas da Coordenadoria de Vigilância em Zoonoses e receberia, mensalmente, até R$ 430 mil.

Leitos para Covid-19

O gabinete também foi responsável por abrir 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adultos e 20 leitos de enfermaria no antigo Pronto Socorro de Cuiabá, devido ao avanço da doença no estado.

A capital não possuía, até então, nenhum leito de UTI adulto para atender a demanda e apenas cinco vagas na UTI pediátria estavam disponíveis.

Intervenção

Levantamento apresentado pelo Gabinete de Intervenção apontou um rombo de R$ 356 milhões na pasta e apenas R$ 5,6 milhões em caixa para arcar com as dívidas mais urgentes.

Em nota, a prefeitura informou que os números foram apresentados de forma indiscriminada, sem apontamentos detalhados e que, em breve, será divulgado um levantamento criterioso sobre os restos a pagar.

Foi constatado também que a falta de 31 médicos de saúde da família afeta cerca de 139 mil moradores da capital, além de falta de medicamentos de uso contínuo para tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, além de insumos.

A prefeitura, também em nota, disse que a falta de médicos foi causada por uma série de eventos que fogem ao âmbito da administração e elencam que, em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado junto ao Tribunal de Justiça, para substituição de profissionais de saúde da rede contratados por profissionais aprovados no processo seletivo simplificado.