Garimpeiros estão deixando terra Yanomami após bloqueio aéreo, diz ministra

Por Redação em 04/02/2023 às 18:45:43

Movimentação ocorre após o presidente Lula ter decretado o bloqueio aéreo da região, inviabilizando a logĂ­stica do garimpo O governo federal disse ter informações de inteligĂȘncia sobre um fluxo relevante de garimpeiros que estão deixando a Terra IndĂ­gena Yanomami.

A movimentação ocorre após o presidente Lula ter decretado o bloqueio aéreo da região, inviabilizando a logĂ­stica do garimpo.

Ministra dos Povos IndĂ­genas, Sônia Guajajara, tem reunião de alinhamento do atendimento aos Yanomami

Fernando Frazão/AgĂȘncia Brasil

A informação foi dada por Sonia Guajajara, ministra dos Povos IndĂ­genas, que faz neste sĂĄbado (4) uma nova visita a Roraima para acompanhar a situação dos yanomamis, que vivem uma situação de emergĂȘncia sanitĂĄria.

"Temos essa informação de que muitos garimpeiros estão saindo. É bom que saiam, assim a gente diminui a operação que vai ser feita. Se eles saem sem precisar da força policial, é melhor para todo mundo", disse Sonia Guajajara.

Ainda de acordo com a ministra, fontes locais, como os próprios indĂ­genas e as equipes do DSEI (Distrito SanitĂĄrio Especial Indigena) Yanomami, corroboram a informação sobre o ĂȘxodo de garimpeiros.

Guajajara diz que o governo federal elabora, em colaboração com o governo de Roraima, um plano para transportar os garimpeiros. Também hĂĄ estudos para evitar que os envolvidos com a exploração ilegal de ouro migrem para outras terras indĂ­genas, como ocorreu em 1992, na primeira operação maciça de desintrusão do garimpo na Terra IndĂ­gena Yanomami.

Em paralelo ao plano de remoção dos garimpeiros, o governo tomarĂĄ outras iniciativas para solucionar a crise de saĂșde vivida pelos yanomami nos Ășltimos meses.

Sonia anunciou a construção de um hospital de campanha na região do Surucucu, uma das principais concentrações de indĂ­genas dentro da ĂĄrea demarcada. Para isso, a pista de pouso do batalhão do Exército que atua na região serĂĄ reformada — é preciso que ela volte a comportar grandes aeronaves para que a estrutura seja levada até o local.

"O que temos agora ainda é essa realidade de que temos que remover os pacientes para a Casai [Casa de SaĂșde do IndĂ­gena], em Boavista. Mas estamos reformando a pista para que esse plano possa ser trabalhado".

Fonte: Valor Econômico

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