Rui Costa confirma Abin na Casa Civil e diz que participação de presidente do BC em grupo bolsonarista

Por Redação em 09/02/2023 às 12:58:50

O ministro falou ao blog que proximidade de Roberto Campos Neto de nomes do primeiro escalão do bolsonarismo cria "suspeição" sobre decisões dele. Rui Costa, ministro da Casa Civil

Adriano Machado/Reuters

Em conversa com o blog nesta quinta-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou as recentes falas de Lula (PT) sobre o Banco Central (BC) e seu presidente, Roberto Campos Neto. Questionado se faz o papel de "bombeiro" ou de "incendiĂĄrio" no embate, ele diz ser sempre a favor da conciliação, mas afirma que Lula "sabe mais de polĂ­tica que todos nós juntos".

Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram

Segundo Costa, integrantes do governo federal veem com "suspeição" a participação de Campos Neto em grupo de WhatsApp com ministros de Bolsonaro – o caso foi revelado pela repórter fotogrĂĄfica Gabriela Biló, da "Folha de S.Paulo". Para ele, a proximidade do presidente do BC com os bolsonaristas "engaja a militância" e "coloca em suspeição, na nossa visão, alguma decisão dele".

Na opinião do ministro, uma vez no comando do Banco Central, Campos Neto não poderia participar de grupo de militância. "Imagina se isso acontece com ministro do STF". Depois que passa por sabatina no Senado, tem um rito", comparou.

Questionado pelo blog, o Banco Central diz que não comenta o caso.

Costa também questionou a taxa bĂĄsica de juros da economia – mantida em 13,75% pela quinta vez consecutiva pelo ComitĂȘ de PolĂ­tica MonetĂĄria (Copom) do Banco Central. "Temos de debater, claro e transparente, promover debate econômico com posições ideológicas sobre economia, porque poucos projetos ficarão de pé com essa taxa", avalia o ministro.

Abin vai para Casa Civil

Como antecipado pelo blog, Rui Costa confirmou que a AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) sai da alçada do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão onde hĂĄ grande nĂșmero de membros das Forças Armadas lotados, e passa para a Casa Civil.

A mudança, segundo o blog apurou, faz parte de um projeto mais amplo de desmilitarização da Abin. O plano de diminuir a influĂȘncia militar e bolsonarista nas ĂĄreas ligadas à presidĂȘncia vem desde a transição, mas tornou-se urgente depois de 8 de janeiro.

Ao longo do mĂȘs de janeiro, o governo dispensou mais de 70 militares nomeados para o GSI durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na segunda-feira, foram nomeados 122 militares para cargos no órgão, 121 dos quais cuidarão da segurança imediata do presidente Lula.

Fonte: G1

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90