Haddad diz que, após mudança nos impostos sobre consumo, governo quer reformar tributos sobre a folha de pagamento

Por Redação em 13/03/2023 às 16:55:17

Ideia, de acordo com o ministro da Fazenda, é facilitar a contratação. Haddad falou sobre as etapas da reforma tributária, que ainda não saiu do papel. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (13) que, depois da reforma tributária sobre o consumo em discussão no Congresso, o governo vai focar na reforma dos impostos que incidem sobre a folha de pagamentos e também na reforma do Imposto de Renda e sobre lucros e dividendos.

"A desoneração da folha é uma coisa para a segunda etapa da reforma [tributária], quando for discutido Imposto de Renda, lucros e dividendos, entre outros temas, a folha também vai entrar nesse segundo momento", explicou o ministro após participar de evento promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Ele disse que, no caso na reforma sobre a folha, será possível fazer via projeto de lei, ao contrário da reforma sobre o consumo, que exige uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mais difícil de ser aprovada no Congresso

"Como é só uma questão de lei ordinária, não precisa de uma PEC. Então nós podemos discutir com mais calma", falou Haddad.

Questionado se a ideia é ampliar a desoneração da folha de pagamentos para todos os setores, o ministro respondeu dizendo que a ideia é "facilitar a contratação"

"A ideia é criar mecanismos para formalização do trabalho, que hoje, vocês estão acompanhando, tem muitas falhas no mercado de trabalho em virtude dos tributos. Nós queremos facilitar a contratação, sem prejudicar o trabalhador", se limitou a dizer.

No início deste mês, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a retirada de impostos que, hoje, incidem sobre a folha de pagamento das empresas, e que o país comece a discutir a cobrança "no faturamento".

Atualmente, isso já acontece com 17 setores da economia, que são os que mais empregam no país. A desoneração para esses setores acabaria em 2021, mas o Congresso Nacional aprovou um projeto – sancionado pelo então presidente Jair Bolsonaro – que estendeu a medida até dezembro de 2023.

No início do mês, Marinho disse ver "com simpatia" a ideia de, gradativamente, desonerar a folha de pagamento de todos os setores da indústria, trocando a cobrança pelo faturamento da empresa.

Fonte: G1

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