Início promissor, troca de técnico e nova queda nas quartas: como foi o Paulistão do Botafogo-SP

Tricolor chegou à segunda fase pela sexta vez em 15 anos consecutivo na elite estadual O Paulistão 2023 para o Botafogo-SP foi marcado por um início promissor, troca no comando na reta final da primeira fase e nova eliminação nas quartas de final, a sexta em 15 participações consecutivas do Pantera na elite do futebol paulista.

A campanha, que terminou com o time na oitava colocação geral, teve quatro vitórias, dois empates e sete derrotas. Foram 14 gols marcados e 19 sofridos.

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Relembre campanha do Botafogo-SP no Paulistão

Luiz Cosenzo/Agência Botafogo

Em termos de classificação, pelo fato de ter avançado para as quartas de final, a campanha foi a melhor desde 2018, quando o time caiu para o Santos, nos pênaltis, na mesma fase. No entanto, ao analisar somente a pontuação, o Tricolor de 2023 foi pior que o de 2022, quando fez 18 pontos, mas não avançou porque ficou em terceiro no grupo.

Início promissor

A trajetória do Bota na competição começou em 14 de janeiro contra a Portuguesa, no Canindé. A estreia foi com pé direito: vitória por 2 a 0.

Na primeira partida em casa, uma pedreira. Contra o Palmeiras, apesar de ter se portado bem ao longo dos 90 minutos, foi derrotado por 1 a 0 após um golaço de Raphael Veiga.

Lance da partida entre Botafogo-SP e Palmeiras

Luiz Cosenzo/Divulgação/Agência Botafogo

- Talvez tenha sido a melhor apresentação do Botafogo na competição, relembrou o diretor de futebol da Botafogo SA, Paulo Pelaipe.

Na sequência, foram dois empates seguidos por 1 a 1: Mirassol em casa e Santo André fora. As partidas anteciparam o jogo que marcou a quebra de um tabu de 10 anos sem vencer o Guarani no Santa Cruz. Na quinta rodada, ao fazer 3 a 2 no Bugre, o Pantera assumiu a liderança do grupo A.

Troca de técnico

No sexto jogo da temporada, o Tricolor perdeu para o Corinthians por 2 a 0, em São Paulo e, no sétimo, derrota dura em casa, contra o Ituano, por 3 a 2. O triunfo em Araraquara contra a Ferroviária, por 2 a 1, deu um respiro ao Botafogo, que voltou a vencer em casa ao derrotar o São Bento por 1 a 0 na nona rodada. Essa foi o último triunfo do time na competição.

Na 10ª rodada, contra o São Bernardo, o Botafogo poderia até conseguir a classificação e vencia por 1 a 0, com um jogador a mais, mas levou a virada nos minutos finais. A derrota, mesmo com o time sendo líder da chave, causou a demissão do técnico Paulo Baier, substituído.

Botafogo começou Paulistão com Paulo Baier, demitido após derrota para São Bernardo

Marcos Ribolli

- No dia a dia, nos treinamentos, nós víamos que a equipe não estava produzindo aquilo que nós achávamos que poderia produzir e nós, como dirigente, não quisemos ser oportunistas, esperando que houvesse um resultado negativo ou no Paulista ou na Série B, para mudar o treinador. Resolvemos trocar o treinador pensando também na Série B, na Copa do Brasil, que teríamos uma estreia na primeira fase poucos dias depois e a contratação do Adilson deve-se ao fato do treinador estar disponível no mercado. Nós tínhamos o nome do Adilson e um outro nome já pensando em Série B – explicou Pelaipe.

Entre a saída de Baier e a estreia de Batista, o Botafogo foi dirigido pelo auxiliar José Leão na 11ª rodada, em Diadema, na derrota para o Água Santa. O primeiro jogo com Batista foi na rodada final, contra o São Paulo, em casa. O time saiu ganhando, mas perdeu por 3 a 1. O Tricolor só se classificou porque o Santos foi derrotado por 3 a 0 para o Ituano.

Eliminação

Em segundo no grupo A, o Tricolor foi a Bragança Paulista enfrentar o Bragantino nas quartas de final e foi derrotado por 2 a 0. Tanto no jogo contra o São Paulo, quanto nas quartas de final, o torcedor reclamou da postura defensiva do Pantera.

O técnico Adilson Batista chegou a dar explicações negando a postura reativa e dizendo que o curto período de trabalho impossibilitou muitas mudanças na forma de o time jogar. As características do treinador também foram elogiadas por Paulo Pelaipe.

- Evidentemente que cada treinador tem a sua forma de jogar, trabalhar, mas se olhar a carreira do treinador Adilson Batista, ele não tem essa forma de jogar somente defensiva. As equipes do Adilson foram ofensivas às vezes ofensivas até demais, recebeu no passado até criticas por ser um “ofensivista”. São os jogos que vão dizer para cada um e ele interpretar a forma como jogar. O profissional não é escolhido aqui se joga ofensivamente, defensivamente. Aqui ele é escolhido em primeiro lugar pelo seu caráter, sua qualidade, e por tudo aqui que ele pode produzir de bom para o Botafogo.

O técnico Adílson Batista orienta atletas no treino do Botafogo-SP

João Victor Cristóvão/Divulgação/Agência Botafogo

E agora?

Fora do Paulistão, o Botafogo se reapresentou na quinta-feira e agora volta a jogar somente pela terceira fase da Copa do Brasil, marcada para a semana de 12 de abril. O adversário vai ser definido por sorteio e a vaga será decidida em partidas de ida e volta.

No final de semana do dia 15 de abril, a depender da tabela que ainda vai ser detalhada pela CBF, o Tricolor estreia na Série B em Caixas do Sul (RS) contra o Juventude-RS.

Pelaipe já confirmou que a equipe terá reforços. Além disso, não vai contar com o zagueiro Gustavo Henrique, que tem vínculo com o clube até 30 de abril e vai retornar ao Bahia, de onde foi emprestado, e o atacante Caio Dantas, que rescindiu contrato em comum acordo com a diretoria.

- É importante também ressaltar que nós vamos ter mais de 20 dias para equipe ser treinada, deverão chegar alguns reforços, alguns estão com pré-contratos assinados, outros estão em fase de negociação para que gente possa qualificar ainda mais a equipe para a disputa da Série B – afirmou o diretor.

Paulo Pelaipe, diretor de futebol da Botafogo Futebol SA

Agência Botafogo