PF aponta ao STF que houve crime em declarações de deputada em apoio a atos de 8 de janeiro

Por Redação em 24/03/2023 às 17:21:45

Policiais encaminharam ao tribunal relatório com dados sobre as investigações em relação à deputada Silvia Waiãpi (PL-AP). A PolĂ­cia Federal apontou ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (24) que houve crime na conduta da deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), por suas declarações de incentivo aos atos golpistas de 8 de janeiro.

A PF encaminhou relatório à Corte em que conclui que houve "crime de opinião" por parte da deputada, mas entendeu que caberĂĄ ao Ministério PĂșblico Federal enquadrar a conduta dentre os chamados crimes contra a paz pĂșblica, previstos no Código Penal.

Os investigadores destacaram ainda que as declarações da deputada ocorreram quando ela ainda não estava protegida pela regra da imunidade por opiniões, palavras e votos.

A polĂ­cia citou que no dia 8 de janeiro - dia dos ataques violentos às sedes dos TrĂȘs Poderes - Waiãpi divulgou vĂ­deos e endossou as condutas com o seguinte comentĂĄrio: "Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho".

"Inquirida pela PolĂ­cia Federal, a investigada reconheceu que fez a postagem questionada, mas negou que tenha participado da manifestação e pronunciado as frases que são ditas no vĂ­deo, apresentando documentos que indicariam estar na Cidade do Rio de Janeiro no dia 08/01/2023. No caso, a parlamentar afirmou que teve acesso ao vĂ­deo que versava sobre a invasão ao Congresso Nacional em um grupo de Whatsapp, e este estaria pĂșblico e disseminado na internet e nas redes sociais", afirmou a PF.

"Silvia Waiãpi confirmou que na publicação do vĂ­deo inseriu a seguinte legenda: "Povo toma a Esplanada dos Ministério nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho". Embora sustente que a postagem teve sentido jornalĂ­stico de informação, é inegĂĄvel na legenda o apoio e aprovação à ação criminosa", continuou a polĂ­cia.

Os investigadores relataram ainda que é "possĂ­vel que a parlamentar tenha removido algum material comprometedor", jĂĄ que hĂĄ poucos materiais ainda sobre o tema em suas redes sociais.

Fonte: G1

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