Bruninha aposta na competitividade da NWSL para crescer e sonha com Mundial: "Expectativa muito grande"

> Confira a tabela da Copa do Mundo femininaAngelina e Bruninha Talita Gouvêa / CBFConfira outras respostas de Bruninha:Nível físico mais intenso na liga dos EUA- Particularmente enquanto estive no Santos - com Gabi e Bru, fisioterapeuta e preparadora do ano que estive lá - a gente teve um trabalho físico muito intenso.

Por Redação em 17/05/2023 às 12:09:30


- Vir aqui para os Estados Unidos, já foi uma opção me baseando nas convocações. Eu sabia que aqui eu ganharia um pouco mais de competitividade entre todos os jogos, então visei muito isso, até porque lá dentro da seleção, pessoal meu, empresário, assessoria todos já me viam, já opinavam um pouco sobre isso. Então foi uma coisa que eu busquei. Tem muitas coisas que aqui só vão agregar, porque no Brasil já trabalhava algumas coisas, principalmente individual. Mas aqui a questão principalmente de competitividade foi o que eu mais busquei ter. E para ficar em alto nível para ficar no meu máximo, para me desafiar e sair de uma zona de conforto que eu achava que eu deveria sair. Então, foi a oportunidade que eu tive e acredito que rendeu bons frutos - afirmou Bruninha.

A lateral direita comentou ainda sobre os pontos a evoluir. Em conversas com Pia e a comissão técnica do Brasil, as dicas são absorvidas e colocadas em prática com a Seleção mesmo.

- Então, desde o começo a gente já vinha trabalhando sobre duas características de lateral. Assim essencial que é a questão de marcação e apoio ofensivo a um ponto que eu tenho a evoluir muito ainda é na questão defensiva. Já é algo que a gente conversa há algumas convocações e também já fui cobrada sobre a questão de cruzamentos, de trabalhar mais a técnica de poder concentrar um pouco mais e isso foi trabalhado inclusive na outra data FIFA. Eu dei uma assistência no jogo contra os Estados Unidos. Com um cruzamento e inclusive gol da Ludmilla. E isso que é legal. A gente ter essa proximidade, é o que ela mais enfatiza, mas no todo a gente trabalha estudos de tudo o que a gente faz no jogo, todos os nossos erros, o que a gente já sabe, a gente pode melhorar. O que a gente não conseguiu colocar tanto em prática para a gente colocar nos próximos jogos - disse a jogadora.

O novo passo em sua evolução é assegurar a confiança da técnica para assegurar uma vaga no Mundial, que começa em 20 de julho em Austrália e Nova Zelândia. Ela faz questão de ressaltar também a força coletiva do grupo do Brasil.

- É uma realidade que toda atleta sonha estar numa Copa do Mundo. Nada é certo. A lista final ainda está por sair. A gente tem que continuar trabalhando. Acredito que se a gente chega bem numa convocação é porque a gente está fazendo um bom trabalho fora dela também. É tudo um processo lincado e a minha expectativa é muito grande para para o nosso grupo. O grupo que que está apesar de muitas mudanças também algumas lesões que acabaram acontecendo. Mas acho que a força maior é quando a gente perde uma atleta, a gente tem outra do mesmo nível para recompensar e isso a gente tem no Brasil. Graças a Deus, a gente está com um bom time e expectativas enormes para isso.

Sobre o trabalho de Pia, Bruninha ressalta que a treinadora trabalha muito pela evolução de todo o grupo e tem certeza que a técnica escuta as críticas para absorver tudo. Mas comenta que a comandante sabe exatamente como cada atleta está para jogar, pois convive muito com todas.

- Acho que ela vem tentando ser uma boa técnica a cada convocação, uma melhor técnica a cada convocação a gente tem um staff muito bom, muito qualificado. Todos trabalham muito para isso, para a excelência de todas nós. Evolução da seleção Brasileira. Ela vem se cobrando muito pelo trabalho dela, com certeza ela ouve as críticas, ela ouve os elogios, mas ela tem que absorver só as coisas que realmente ela acha. Ela é a treinadora, ela que convive com a gente diariamente. Ela que sabe o atleta que está bem para jogar, atleta que talvez tenha o seu tempo para entrar em campo, então acho que a gente tem que respeitar as críticas que sejam construtivas também são bem-vindas. Mas ela vem sendo uma boa técnica, evoluiu muito. A gente confia muito nela e também para essa Copa nas convocações a gente vê uma mudança de pensamento, é algo que não dificulta o nosso time, porque são jogadoras muito inteligentes, que abraçam qualquer esquema tático que ela proporciona para nós. Então isso não seria uma dificuldade, qualquer coisa que ela colocar em jogo a gente está ali para abraçar essa ideia e juntas chegar longe.

A seleção brasileira estreia no dia 24 de julho na Copa do Mundo diante do Panamá, em Adelaide. França e Jamaica são as outras duas equipes integrantes do Grupo F. A abertura da competição será em 20 de julho entre Nova Zelândia e Noruega, no Eden Park, em Auckland.

>> Confira a tabela da Copa do Mundo feminina

Angelina e Bruninha

Talita Gouvêa / CBF

Confira outras respostas de Bruninha:

Nível físico mais intenso na liga dos EUA

- Particularmente enquanto estive no Santos - com Gabi e Bru, fisioterapeuta e preparadora do ano que estive lá - a gente teve um trabalho físico muito intenso. As duas proporcionaram um trabalho para nós de evolução nítida no campeonato. Em relação a isso eu me via bem no Santos, mas a gente sabe que não tem isso em todos os clubes. Acabava que um jogo a gente era muito exigida fisicamente e outro jogo nem tanto. Essa oscilação acaba não desafiando tanto a gente em questão de recuperação se atentar no que a gente pode fazer de melhor. Aqui como você falou os treinos são muito mais intensos. São treinos que exigem muito da carga física de todas as atletas e faz com que você evolua porque em cima da fadiga a gente pode ganhar muito. Então eu acabo ganhando bastante coisa e é isso. Desafiando diariamente e evoluindo.

Unidade entre as seleções de base e principal

- É de extrema importância. Inclusive na pandemia a gente teve a oportunidade de fazer uma videochamada com a Pia. Inclusive eu ainda não tinha sido convocada para a seleção principal. Ela citou sobre a importância do processo do sub-15, sub-17, sub-20. Ela falou da importância de se ter a sub-15 no futuro porque quando você tem um processo de evolução da atleta, passando de mão em mão porque durante nossa carreira passamos por vários técnicos especialistas no que estão fazendo e você vai se desenvolvendo. Quando você está na seleção já sabe a metodologia de tudo que acontece lá dentro, você tem uma visão mais ampla e você chega obviamente mais preparada. Poder passar pela sub-17, sub-20, disputar dois campeonatos mundiais pela base me preparou para que a competitividade fosse muito grande e eu já entendesse desde novinha que depois dos meus 20 eu iria competir com jogadoras de até quarenta e poucos anos.

Cuidado da liga americana com os clubes

- Eu acho que a igualdade em questão de valorização. Essa questão de GPS e tudo mais. A gente sabe que alguns clubes não tem, não rola em todos os clubes e isso é muito importante. Você ter dados concretos de todas as atletas facilita o trabalho tanto da atleta quanto dos profissionais que vão dar os trabalhos diariamente. Mas é o que a gente mais pensa no momento é a questão de igualdade E espaço que nós podemos ter, né? A gente vê o quanto alguns clubes no Brasil têm muito e outros têm pouco e aqui já é muito mais igual. A liga inteira cuida de todos os clubes igualmente para que todos tenham os seus benefícios e todos tenham as suas coisas, mas de certa forma, todo mundo possa usufruir de tudo. Então, essa igualdade entre estádio, a gente joga em grandes estádios de grandes cidades, estádios onde a gente compartilha com o masculino também. Isso é muito importante, muito legal e dá uma valorização para nós atletas.

Fonte: Globo Esporte/G1

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