Dino defende buscas contra suspeitos de agredir Moraes: 'passou da hora de naturalizar absurdos'

Por Redação em 19/07/2023 às 08:24:52

Na terça, PolĂ­cia Federal fez buscas na casa de envolvidos nas agressões a Moraes e filho em Roma; ministra Rosa Weber autorizou operação. EmpresĂĄrios foram intimados a prestar esclarecimentos. O ministro da Justiça, FlĂĄvio Dino, defendeu nesta quarta-feira (19) os mandados de busca e apreensão cumpridos na terça (18) pela PolĂ­cia Federal contra os suspeitos de ofender e agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o filho dele na Ășltima semana.

As agressões aconteceram no Aeroporto Internacional de Roma, na ItĂĄlia, cometidas por brasileiros. Nesta terça, a PF foi a dois endereços dos suspeitos em Santa BĂĄrbara d'Oeste, no interior de São Paulo.

"A medida se justifica pelos indĂ­cios de crimes jĂĄ perpetrados. Tais indĂ­cios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados", diz Dino na mensagem publicada.

"Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de 'fishing expedition', pois não hĂĄ procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legĂ­tima investigação", prossegue o post.

O termo "fishing expedition", citado por Dino, descreve operações policiais especulativas, ou seja, sem objetivo claro. O ministro da Justiça nega que a PF tenha agido dessa forma, nesse caso.

Após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a defesa dos suspeitos classificou a ação da PF como "desproporcional".

Entenda o caso

No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma.

Os envolvidos seriam quatro integrantes de uma famĂ­lia de Santa BĂĄrbara D'Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros trĂȘs.

Na ocasião, Andréa teria se aproximado do ministro e o chamado de "bandido, comunista e comprado". Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.

Após o episódio, os acusados embarcaram normalmente para o Brasil, mas, ao desembarcarem em Guarulhos, foram abordados pela PF.

O casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani, negou em depoimento à PolĂ­cia Federal ter agredido o filho do ministro Alexandre de Moraes.

Agressão Moraes: Advogado de defesa diz que ação é desproporcional

Investigação

A PF apura a denĂșncia de agressão à famĂ­lia do ministro Alexandre de Moraes, no Aeroporto Internacional de Roma, na ItĂĄlia, na sexta-feira (14). Pelo menos quatro pessoas foram intimadas a depor, sendo que trĂȘs como suspeitos e um como testemunha.

Foi instaurado um inquérito policial para apurar acusações de agressão, ameaça, injĂșria e difamação. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira.

A PolĂ­cia Federal pediu ajuda à polĂ­cia em Roma no sĂĄbado (15), para ter acesso às imagens das câmeras do aeroporto, em um acordo de cooperação internacional, o que deve ocorrer até a próxima sexta-feira (21).

Fonte: G1

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