PF suspeita que Polícia Militar de SP usou sistema de rastreamento de celulares de forma ilegal 

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Por Redação em 23/10/2023 às 15:05:31

Na última sexta-feira (20), agentes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão para aprofundar a investigação envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento ilegal. Polícia Militar em SP

Divulgação/blog PMSP

A Polícia Federal investiga se a Polícia Militar de São Paulo também usou de forma ilegal um sistema que permite rastrear a localização de celulares de cidadãos.

Na última sexta-feira (20), agentes cumpriram dois mandados de prisão e vinte e cinco mandados de busca e apreensão para aprofundar a investigação envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento ilegal.

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Os investigadores suspeitam que outros órgãos públicos tenham usado o instrumento sem autorização judicial.

Pela lei, a polícia militar deve promover a ordem pública e realizar policiamento ostensivo. Não é papel da PM conduzir investigações. Fontes ligadas ao inquérito também informam que o Exército Brasileiro comprou a ferramenta durante a intervenção militar no Rio e que também pode ter usado o sistema sem autorização judicial.

Análise de dados

A Polícia Federal acessou a nuvem da empresa responsável pelo sistema First Mile. Os agentes fizeram o download dos dados da empresa que estavam armazenados em nuvem em Israel e agora analisa todo material apreendido na companhia.

A investigação também quer avançar na identificação de quem foi monitorado ilegalmente pelos órgãos públicos.

Há suspeita de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares tenham sofrido arapongagem ilegal.

Até a operação da última sexta-feira, os investigadores conseguiram identificar 1800 perfis, mas o número pode chegar a 33 mil. Um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do STF, já foi localizado entre os identificados. O sistema permite o rastreamento de até dez mil celulares em doze meses.

O blog entrou em contato com a Polícia Militar de São Paulo e com Exército, mas não teve resposta até a última atualização da reportagem.

Fonte: G1

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