Jade vira "mãezona" da seleção de ginástica e vê Rebeca "extremamente madura"

Aos 32 anos, Jade Barbosa celebra ótima fase da ginástica artística feminina do Brasil e conta como são Rebeca Andrade e Flávia Saraiva no dia a dia Jade Barbosa torcedora. Jade Barbosa desenhista de collants. Jade Barbosa "mãezona". E, sobretudo, Jade Barbosa ginasta. Todas essas Jades estavam presentes nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 e, em todas versões, ela está feliz com o momento que vive.

Jade Barbosa fala sobre ciclo da ginástica para Paris-2024

Veja o quadro de medalhas do Pan de Santiago

Siga o canal do ge no WhatsApp!

Aos 32 anos, a mais experiente ginasta da seleção brasileira feminina de ginástica artística contou em entrevista ao programa Ça Va Paris desta semana como foi conquistar a medalha de prata por equipes no Mundial da Antuérpia e no Pan de Santiago.

Jade Barbosa e Flávia Saraiva se cumprimentam após a prova

Alexandre Loureiro/COB

- Foi o ano que a gente mais conseguiu que todas estivessem na melhor forma e no melhor momento. Conseguimos nossas melhores séries no nosso melhor momento. Foi um ano extremamente especial - disse Jade, que ficou na quarta colocação no individual geral do Pan, muito perto do pódio que teve Flávia Saraiva com a prata (uma das cinco medalhas dela na competição. Já Rebeca Andrade saiu dos Jogos do Chile com dois ouros e duas pratas.

Jade Barbosa na final do individual geral da ginástica

Ricardo Bufolin/CBG

- Estou muito feliz em ver o amadurecimento delas. O Pan de 2007 abriu as portas para a ginástica ser reconhecida hoje - afirmou Jade, ouro naqueles Jogos, há 16 anos, no salto, última medalha dourada do país no Pan até o ouro de Rebeca no solo em 2023.

No 5º dia do Pan, Brasil tem dobradinha inédita na ginástica

Rebeca e Flávia têm 24 anos cada. Oito a menos do que Jade. E essa diferença faz da mais experiente ginasta da seleção uma espécie de capitã do time. Seja quando está torcendo para as amigas quando não está nas mesmas finais delas sejam desenhando os maiôs que elas vão usar nas competições.

Carolyne Pedro, Julia Soares, Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Flávia Saraiva

REUTERS/Agustin Marcarian

- Eu sou mais mãezona delas, tento cuidar, vejo qual vai ser o uniforme do dia. A Flávia é extremamente enérgica. Rebeca está extremamente madura - resume Jade, que disputou as Olimpíadas de Pequim 2008 e Rio 2016. Agora, quer voltar mais uma vez, em seus ciclos olímpicos particulares de oito anos, antes de deixar a seleção brasileira após Paris 2024.

Brasil foi muito bem como equipe no Mundial de ginástica sob a liderança de Jade Barbosa

- Eu não quero que a ginastica seja finalizada na minha vida de uma forma que eu me lembre de coisas ruins. Eu tentei buscar o que me fez ficar apaixonada pelo esporte, qual foi a essência da ginástica que eu mais me apaixonei. Eu continuo tendo as mesmas características de antes, emotiva, mas acho que a gente tem que tentar se apaixonar como na primeira vez - concluiu a mãezona Jade.

Jade Barbosa criou todos os colants usados pelo Brasil durante o Mundial da Antuérpia

Ricardo Bufolin/CBG