'Fica a sensação de que a morte poderia ter sido evitada', diz Sâmia Bomfim sobre prisão de miliciano que era alvo de traficantes que executaram médicos por engano no Rio

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Por Redação em 31/10/2023 às 21:19:07

Irmão da deputada foi morto na execução que matou três no começo de outubro na Barra da Tijuca A deputada federal Sâmia Bomfim se manifestou sobre a prisão do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa nesta terça-feira (31). Taillon seria o alvo de traficantes que, por engano, executaram médicos na orla da Barra da Tijuca, no início de outubro.

"Pra nossa família é muito doloroso ver a notícia da prisão tardia de Taillon. Fica a sensação, ou a ilusão, de que o assassinato do Diego e dos outros médicos poderia ter sido evitada", disse.

A mensagem que o blog recebeu da deputada ainda diz: "o Rio de Janeiro está em grande parte dominado por organizações criminosas, que amedrontam e controlam a vida de milhões de pessoas. Sabemos que a prisão de uma liderança isoladamente não resolve o problema estrutural e generalizado, pois o poder do Estado se confunde com o poder de fogo desses grupos."

Taillon sentado no meio-fio durante abordagem da PF na Barra da Tijuca

Reprodução

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os dois foram presos por suspeita de chefiar a milícia de Rio das Pedras. Novos mandados de prisão foram expedidos pela Justiça.

Além de Taillon, três homens - dois policiais militares e um militar da ativa que faziam a segurança dele, foram presos em flagrante por organização criminosa.

O g1 apura o motivo da prisão nesta terça-feira.

Leia a íntegra do posicionamento:

"Pra nossa família é muito doloroso ver a notícia da prisão tardia de Taillon. Fica a sensação, ou a ilusão, de que o assassinato do Diego e dos outros médicos poderia ter sido evitada... Ao mesmo tempo, sabemos que a tragédia que acometeu nossa família infelizmente não é um fato isolado. O Rio de Janeiro está em grande parte dominado por organizações criminosas, que amedrontam e controlam a vida de milhões de pessoas. Sabemos que a prisão de uma liderança isoladamente não resolve o problema estrutural e generalizado, pois o poder do Estado se confunde com o poder de fogo desses grupos. As Instituições, que deveriam ser a solução, infelizmente se apresentam como parte do problema.

Nada vai trazer nosso querido Diego de volta. Mas é muito importante que o Brasil se livre dessa lógica para que nenhuma outra família passe pelo pesadelo que estamos passando".

Fonte: G1

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