Polícia investiga esquema de fraude de R$ 21 milhões por PIX no DF e em nove estados

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Por Redação em 18/01/2024 às 07:41:38

Entre os alvos estão secretários de Finanças e um advogado. Agentes cumprem 10 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Polícia do DF deflagra operação contra grupo suspeito de fraudes por PIX

PCDF/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), uma operação contra um grupo suspeito de fraudar pagamentos de guias de arrecadação por meio de códigos PIX adulterados. Segundo a investigação, houve prejuízo de R$ 21 milhões ao Banco do Brasil.

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Os investigadores afirmam que o grupo inserira códigos de barras de guias de pagamento válidas, mas adulteraram o QR Code de PIX para valores significativamente menores (veja detalhes abaixo). As fraudes foram cometidas entre 7 e 31 de janeiro do ano passado.

Entre os alvos estão secretários de Finanças e um advogado. As identidades não foram reveladas até a última atualização desta reportagem. Os agentes cumprem 10 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no Distrito Federal e em nove estados:

São Paulo;

Rio de Janeiro;

Mato Grosso;

Santa Catarina;

Minas Gerais;

Bahia;

Maranhão;

Amapá;

Goiás.

Esquema

De acordo com a Polícia Civil, o grupo era dividido em quatro núcleos:

Núcleo Operacional: Explorava a vulnerabilidade e efetuava os pagamentos;

Núcleo de Prefeituras: Emitia as guias fraudulentas e repassava as verbas. Prefeituras de Morros (MA), Ubaitaba (BA), Serra do Navio (AP), Jacinto (MG), e Acorizal (MT) estiveram envolvidas, segundo as investigações.

Núcleo de Intermediadores: Facilitava a comunicação entre o núcleo operacional e as prefeituras.

Núcleo Financeiro: Utilizava empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras.

Ao longo da investigação, os agentes encontraram registros dos suspeitos comemorando os resultados das fraudes em festas em Goiânia, em Goiás. A Polícia Civil afirma ainda que os alvos ostentavam carros de luxo e viagens para destinos luxuosos.

Os alvos podem responder por crimes como invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, eles podem pegar mais de 20 anos de prisão.

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Fonte: G1

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