Governo comemora resultado do PIB, mas alerta que pandemia e risco hídrico geram incerteza

Por Redação em 01/06/2021 às 12:30:32

A equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro classifica o crescimento de 1,2% da economia no primeiro trimestre de "excelente resultado", mas alerta que o país tem desafios pela frente, entre eles o ajuste fiscal, a aprovação de reformas, as incertezas sobre a pandemia e o risco hídrico.

"Foi um excelente resultado. Comprova que estávamos certos em nossa política econômica. Aos poucos os resultados vão aparecendo. Agora é insistir na consolidação fiscal e nas reformas para aumento da produtividade para termos o crescimento sustentável", disse ao blog o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.

O resultado animou a equipe econômica, principalmente porque, no início do ano, as previsões de economistas apontavam para o risco de o país registrar uma nova retração no primeiro trimestre.

E, agora, o crescimento ficou até acima do que esperava o mercado, um crescimento de 1,2%, em vez de 0,7% na média das previsões.

PIB cresce 1,2% no 1º trimestre de 2021, segundo o IBGE

A equipe do ministro Paulo Guedes alerta, porém, que há riscos de curto prazo e de médio e longo prazos pela frente. Os de curto prazo estão relacionados ao enfrentamento da pandemia. Para isso, o Ministério da Economia segue defendendo a vacinação em massa para afastar esse risco.

Há ainda, no curto prazo, o risco hídrico, cujo alerta foi feito na semana passada. Para especialistas, a possibilidade de um racionamento de energia ainda é baixo, mas há risco de corte de cargas de energias se o nível dos reservatórios cair ainda mais. Além disso, o custo da energia vai subir, o que deve pressionar a inflação.

No médio e longo prazos, os riscos estão no campo fiscal e das reformas. O Ministério da Economia destaca ser importante promover um ajuste fiscal, que neste ano já será melhor do que no ano passado, e retomar a aprovação de reformas, principalmente as que aumentem a produtividade da economia.

O governo também lista como desafio a redução do desemprego. Por enquanto, a economia começa a reagir e tem condições de recuperar o tombo registrado no ano passado, de 4,1%. Mas os efeitos da recuperação ainda não estão sendo observados no campo do emprego. A taxa é a maior da história, de 14,7%, com 14,8 milhões de desempregados no país.

Por isso, dentro do governo e no Congresso, a avaliação é que será necessário prorrogar novamente o pagamento do auxílio emergencial, até que a recuperação da economia comece a reduzir também o desemprego no país.

Fonte: G1

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