Confiança da construção registra segunda alta consecutiva, mostra FGV

Por Redação em 25/06/2021 às 09:00:15

Resultado positivo do índice em junho refletiu a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento atual O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 5,2 pontos em junho, para 92,4 pontos, registrando a segunda alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, a primeira elevação no ano.

“Com a maior alta mensal desde julho do ano passado, o Indicador de Confiança da Construção recuperou o nível do início do ano. Vale destacar o avanço dos dois componentes, sinalizando uma melhora do ambiente de negócios atual com repercussão muito positiva sobre as expectativas", avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV Ibre.

Segundo ela, a pressão dos preços das matérias-primas sobre os orçamentos e novos projetos não diminuiu e continua sendo um dos grandes obstáculos às atividades das empresas. "No entanto, prevaleceu a percepção de que a alta dos preços não está afetando a demanda, que voltou a crescer. A grande questão que se levanta é em que medida essa melhora se sustenta, ou seja, se a demanda suportará o repasse dos aumentos de custo”, apontou.

O resultado positivo do ICST em junho refletiu a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 4,0 pontos, para 89,5 pontos, maior nível desde fevereiro deste ano (90,0 pontos). A alta do ISA-CST foi influenciada principalmente pela melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 6,2 pontos, para 92,6 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 6,4 pontos, para 95,4 pontos, maior nível desde de dezembro de 2020 (95,5 pontos). Esse resultado se deve à melhora do indicador de demanda prevista, que subiu 8,2 pontos, para 95,9 pontos, e o de tendência dos negócios, que subiu 4,3 pontos, para 94,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção subiu 3 pontos percentuais, para 77,4%. A maior contribuição veio do NUCI de Mão de Obra, que avançou 3,2 pontos, para 78,9%. Já o NUCI de Máquinas e Equipamentos subiu 0,8 ponto para 70,3%.

Conforme o levantamento da FGV, a percepção de melhora no ambiente de negócios corrente e futuro, embora disseminada entre os segmentos do setor, teve a maior contribuição dos segmentos de Edificações Residenciais e Não Residenciais e de Serviços Especializados. A confiança das empresas de infraestrutura cresceu menos, mas está em melhor nível.

“Vale notar que de acordo com o Caged, nos primeiros quatro meses do ano, nos três segmentos, as contratações superaram as demissões, mas Edificações e Serviços têm liderado a geração de emprego com carteira no setor. A alta das expectativas sinaliza continuidade desse movimento de geração líquida de empregos na construção”, observou Ana Castelo.

Fonte: Valor Econômico

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