Djokovic vive ano mágico, mas vê "principais objetivos" ficarem pelo caminho

Por Redação em 13/09/2021 às 03:40:57

Depois de conquistar Australian Open, Roland Garros e Wimbledon em sequência, sérvio número 1 do mundo não atinge o Golden Slam ao cair em Tóquio e perde na decisão do US Open Novak Djokovic começou a temporada com 17 títulos de Grand Slam na conta e sem levantar um troféu desde o Masters 1000 de Roma, em setembro do ano passado. Porém, o sérvio mostrou logo de cara que vinha com tudo e com vontade de fazer história, mais uma vez. Foi campeão pela nova vez no Australiano Open e, apesar de algumas eliminações em torneios que era favorito, emplacou no circuito com a conquista de Roland Garros e Wimbledon em sequência.

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Diante desse cenário, Nole foi para as Olimpíadas de Tóquio com amplo favoritismo e com a discussão sobre a possível conquista do Golden Slam - quando o tenista vence os quatro Majors e o ouro olímpico no mesmo ano - em alta. Porém, tudo começou a mudar no Japão. Ao cair para Alexander Zverev nas semifinais dos Jogos Olímpicos depois de ter um set e uma quebra na frente, Djokovic não escondeu a frustração e se disse esgotado física e mentalmente.

Djokovic ficou com o vice-campeonato no US Open 2021

Sarah Stier / Getty Images

Em uma temporada onde seus principais adversários, Federer e Nadal, precisaram se retirar precocemente por conta de lesões, se colocou em dúvida o quão bem fisicamente o sérvio chegaria para o US Open. Com o sonho do Golden Slam acabado, restava buscar o título em Nova York para ultrapassar o suíço e o espanhol no número de títulos de Major, fechar o Grand Slam e igualar o feito de Rod Laver em 1969. Entretanto, Zverev e Medvedev, suas principais ameaças, estavam em alta e tinham tudo para complicar sua vida. E foi justamente o que aconteceu.

Com uma campanha regular, mas não convincente, Djokovic foi até a semifinal do US Open, onde reencontrou Zverev, seu algoz em Tóquio. Dessa vez o resultado foi diferente. Jogando muito tênis, o sérvio despachou o alemão em uma batalha desgastante de cinco sets. Com 34 anos, a recuperação do corpo não é a mesma de 10 anos atrás. E isso fez diferença na decisão contra Medvedev.

Melhores momentos: Novak Djokovic 0 x 3 Daniil Medvedev, pela final do US Open

Em alguns momentos, o que se viu foi um Djokovic sem armas para superar a regularidade do russo e buscando acelerar os pontos, cometendo mais erros e oscilando mais do que o comum. Em contrapartida, Medvedev estava bem mais descansado - perdeu apenas um set em todo o torneio - e conseguiu se impor diante do líder do ranking do início ao fim. E o resultado não poderia ser outro. O número 2 do mundo triunfou com triplo 6/4 e conquistou o primeiro Major de sua carreira.

Em Nova York, Djokovic viu mais um objetivo ruir. Ele segue empatado com Federer e Nadal com 20 títulos de Grand Slam. E vencer os quatro no mesmo ano volta a parecer um feito muito difícil, principalmente com os oponentes em altíssimo nível, técnico e físico. Porém, mesmo diante de um momento complicado na temporada, o sérvio viu um motivo para sorrir.

Djokovic se emocionou na final do US Open

Al Bello / Getty Images

Durante a final do US Open contra Medvedev, o número 1 do mundo recebeu apoio intenso da torcida e, mesmo quando perdia por larga vantagem, teve seu nome gritado e foi empurrado por uma Arthur Ashe lotada. Ele não se conteve e não conseguiu segurar as lágrimas. Na entrevista logo após a partida, Djokovic voltou a ficar com os olhos marejados, fez juras de amor e agradeceu o carinho do público norte-americano.

A temporada ainda não acabou, e o sérvio pode somar mais conquistas para sua imensa coleção. Seus principais objetivos ficaram pelo caminho e, caso ele conquistasse algum deles, ou os dois, a discussão sobre o "maior da história" ganharia novos capítulos. Porém, nada disso vai ser um fator para medir sua grandiosidade ou o quão absoluto ele foi em 2021. No fim das contas, campeão ou não, Djokovic é sinônimo de história.

Novak Djokovic foi campeão de três Grand Slams em 2021

Getty Images

Fonte: Globo Esporte/G1

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