'Isso aí é com a PF', diz Queiroga ao ser questionado sobre ameaças a servidores da Anvisa

Por Redação em 20/12/2021 às 11:16:55

Ataques ocorrem desde novembro e se intensificaram após agência autorizar aplicação da vacina contra a Covid da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se negou a comentar nesta segunda-feira (20) as ameaças direcionadas contra os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o ministro, o assunto é de responsabilidade da Polícia Federal.

"Isso aí é com a PF [Polícia Federal]. Não é com o Ministério da Saúde. O corpo técnico da Anvisa tá trabalhando aí, fazendo o papel deles", afirmou Queiroga.

Os ataques contra os servidores da Anvisa, que já ocorrem desde novembro, se intensificaram após a reunião em que a entidade autorizou o uso de doses pediátricas da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Apesar da aprovação técnica da Anvisa, a pasta ainda não informou se comprará o imunizante destinado às crianças. As doses da vacina da Pfizer utilizada em crianças (frasco laranja) de 5 a 11 anos é menor do que a utilizada em adultos (frasco roxo).


No sábado (18), o ministro Queiroga afirmou que a autorização da Anvisa para vacinação dessa faixa etária não é suficiente para iniciar a vacinação e que o Ministério da Saúde só anunciará uma decisão sobre o tema em 5 de janeiro.

Até lá, o ministro pretende colocar o tema sob consulta pública para respaldar o posicionamento a ser tomado pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19.

Nesta segunda-feira (20), Queiroga chegou a afirmar que "a pressa é inimiga da perfeição" quando questionado sobre o uso da vacina em crianças.

"A pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança", disse Queiroga.

A resistência da pasta reflete o posicionamento do próprio presidente Jair Bolsonaro, que horas após a Anvisa autorizar a vacinação contra a Covid para crianças de 5 a 11 anos, usou uma transmissão ao vivo para intimidar os servidores da Anvisa e convocar apoiadores a questionarem a decisão da agência. (veja detalhes abaixo).

Bolsonaro cobrou a divulgação do nome dos responsáveis pela autorização e disse que os pais devem avaliar se darão ou não o imunizante.

Fonte: G1

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90