De um lado, governo armênio condenou 'agressões' do país vizinho; do outro, assistente do presidente do Azerbaijão responsabilizou a Armênia pelos ataques na fronteira. O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, acusou neste domingo (27) o Azerbaijão de bombardear alvos civis na região separatista de Nagorno-Karabakh, também conhecida como Artsakh, no Azerbaijão, próxima da fronteira entre os 2 países.
Pelo Twitter, Pashinyan afirmou que a Armênia derrubou 2 helicópteros, 3 veículos aéreos não-tripulados e que destruiu 3 tanques. Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores armênio condenou a agressão, declarou que o país vai agir com "toda a sua capacidade para garantir a segurança da população de Artsakh" e que dará uma resposta militar e política apropriada.
Do outro lado, Hikmet Hajiyev, assistente do presidente azeri Ilham Heydar, responsabilizou os armênios pelos bombardeios na fronteira, classificando-os como um "ato de guerra", e disse que há relatos de mortos e feridos.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão também se pronunciou e informou que um helicóptero foi, de fato, derrubado, mas que a tripulação sobreviveu, e que 12 veículos de defesa antiaérea da Armênia foram destruídos.
Bandeiras de Azerbaijão e Armênia, lado a lado, durante reunião entre representantes dos dois países em Genebra, na Suíça, em outubro de 2017
Denis Balibouse/Arquivo/Reuters
Conflito antigo
Armênia e Azerbaijão vivem tensões por disputas étnicas e territoriais desde o fim da União Soviética, em 1991. Eles lutam pelo controle de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia no Azerbaijão.
Nagorno-Karabakh proclamou unilateralmente sua independência em 1991, com o apoio armênio, iniciando uma guerra com o Azerbaijão que matou cerca de 30 mil pessoas até um cessar-fogo em 1994.
Mapa República de Nagorno-Karabakh
Alexandre Mauro/G1
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