Associação dos caminhoneiros fala em "indignação" com reajuste do diesel e critica política de preços da Petrobras

Por Redação em 09/05/2022 às 14:16:33

A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirmou que recebeu “com indignação” o reajuste de R$ 0,40 no preço do diesel e criticou a política de preços da Petrobras. Em nota divulgada nesta segunda-feira, 9, a entidade disse que o aumento do combustível vai refletir no frete e, por consequência, no valor final dos produtos no mercado. “A justificativa da Petrobras é que faz 60 dias que não sobe o preço do diesel, resultado da política de preços da empresa, o PPI”, diz o comunicado assinado pelo líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, conhecido como Chorão. A estatal anunciou o reajuste no valor de venda para as distribuidoras nesta segunda. Com isso, o litro do diesel passará de R$ 4,06 para R$ 4,42 na bomba.

“O fantasma da inflação voltou. Quando sobe o diesel, os produtos transportados pelos caminhoneiros vão subir no dia seguinte. Os caminhoneiros não sobrevivem mais se não repassarem os aumentos dos combustíveis para os fretes. Como liderança, essa é a nossa orientação para a categoria”, diz a Abrava. A associação acrescentou que o eventual aumento dos produtos “não é culpa do feirante e nem do caminhoneiro”, mas da política de preços da Petrobras. “Lembramos que essa luta pelo fim do PPI não é só dos caminhoneiros, mas sim de toda a população brasileira, principalmente os mais vulneráveis e a classe média”, finalizou.

Na quinta-feira, a Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU) afirmou que o reajuste pode resultar na “falta generalizada de transporte público”. “Se não forem definidas fontes para cobrir esses custos adicionais, as operadoras serão obrigadas a racionar o combustível e oferecer apenas viagens nos horários de pico pela manhã e à tarde. No resto do tempo, os ônibus terão que ficar parados nas garagens. As empresas não querem praticar uma operação seletiva, atendendo apenas linhas e horários de maior demanda, mas serão obrigadas a adotar essa medida radical porque não suportam mais os sucessivos aumentos de custo e os prejuízos”, afirmou o presidente da NTU, Francisco Christovam.

Fonte: JP

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