Decisão foi tomada neste sexta-feira (16). Os animais serão levados para uma área de preservação. Câmeras de vigilância flagram presença de onça-parda no Horto Municipal em Uberaba
Prefeitura de Uberaba/ Divulgação
A onça-parda adulta e um filhote do animal, que estão vivendo próximas ao Horto Municipal de Uberaba devem ser capturadas na próxima semana, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente (Semam). Após serem capturados, os animais serão levados para uma área de preservação.
A ação foi decidida nesta sexta-feira (16), em reunião entre a equipe da Semam e o professor de medicina veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), André Luiz Quagliatto Santos, onde analisaram o perímetro da área do Horto Municipal e as estratégias para capturar o animal.
Mesmo sendo responsável pelo Horto, a Semam precisou informar a situação ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), que realizou a indicação do professor da UFU.
"Estamos fazendo o monitoramento dos animais e instruímos os servidores quanto à questão da segurança, no sentido de se preservarem, e acompanhando os órgãos responsáveis até que os felinos sejam encaminhados para o local apropriado, que é uma área de preservação estadual ou federal", explicou o secretário adjunto de Meio Ambiente, Marco Túlio Prata.
Em relação à captura, o biólogo Paulo César, que acompanha a situação, explicou que a armadilha deve estar pronta a partir da próxima semana. "Havendo sucesso na captura, os animais serão transportados para Uberlândia, passarão por uma bateria de exames e serão destinados conforme orientação do IEF e do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], que são os que gerem a fauna no Brasil."
Entenda o caso
No dia 8 de outubro o MG1 mostrou que uma onça-parda adulta e um filhote foram vistas próximas ao perímetro urbano de Uberaba, na região do Horto Municipal.
O filhote foi encontrado pelo sistema de vigilância, enquanto realizava uma caminhada. Em seguida, alguns vigias avistaram a mãe que, de acordo com o biólogo Paulo César, está magra e debilitada.
"Causou um pouco de estranheza o filhote estar sem a mãe. Depois, houve um contato visual dos vigias com a mãe, que aparentemente está um pouco magra, debilitada e por isso está aparecendo menos", explicou o biólogo.
Após detectar a presença dos animais, os responsáveis entraram em contato com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que são responsáveis pelo manejo da fauna, para poder criar uma estratégia para capturar o animal.