Analistas da agência de classificação de risco destacam que a nota da Americanas é justificada pela deterioração de sua liquidez, de R$ 8,8 bilhões em setembro para R$ 800 milhões atuais, além da dívida declarada de R$ 43 bilhões A Fitch Ratings cortou a nota de crédito da Americanas de "C" para "D" e a nota nacional de "C(bra)" para "D(bra)" após a companhia iniciar seu processo de recuperação judicial.
Segundo a agência de classificação de riscos, a nova nota indica que a companhia iniciou processo de recuperação judicial, intervenção administrativa, liquidação ou similar, tornando-se inadimplente em suas obrigações financeiras.
Os analistas Gisele Paolino, Renato Donatti e Martha Rocha escrevem que a nota da Americanas é justificada pela deterioração de sua liquidez, de R$ 8,8 bilhões em setembro para R$ 800 milhões atuais, além da dívida declarada de R$ 43 bilhões.
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“Além disso, parte do caixa está bloqueado por instituições financeiras, o que impede que a empresa continue a operar”, comentam.
A Fitch nota que os acionistas da Americanas não conseguiram capitalizar a empresa a tempo de evitar insolvência.
Agora, a Americanas já está no menor patamar da escala de notas de crédito da agência, destacando que o sucesso na conclusão da reestruturação da dívida com credores, que fortaleça a liquidez e a estrutura de capital, podem elevar o rating.
Henny Ray Abrams/AP