Desenrola: fase dos leilões começa nesta segunda; expectativa é renegociar até R$ 79 bilhões de dívidas

Esse volume abrange apenas as dívidas de até R$ 5 mil reais.

Por Redação em 25/09/2023 às 04:03:44

Foto: Reprodução internet

Esse volume abrange apenas as dívidas de até R$ 5 mil reais. Interessados precisam ter conta gov.br A próxima fase do Desenrola, programa criado pelo governo federal para a renegociação de débitos, começa segunda-feira (25), de acordo com o Ministério da Fazenda.

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Será a etapa dos leilões, em que as empresas inscritas no programa deverão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor. Quem oferecer os maiores descontos terá a garantia do programa. A média do desconto mínimo será de 58%.

Os leilões serão feitos por lotes, de forma a agrupar dívidas de perfis semelhantes. Por exemplo: setor de atuação da empresa (como água, energia e telefone), valor das dívidas, tempo de negativação, entre outros.

Segundo o ministério, poderão ser renegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil, beneficiando cerca de 30 milhões de pessoas.

G1 em 1 Minuto: Nova fase do programa Desenrola renegociará dívidas de até R$ 5 mil

Neste momento, o objetivo do Desenrola é renegociar as dívidas do público da faixa 1, composta por quem:

tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e

tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022.

Poderão ser renegociadas dívidas bancárias e não bancárias, como conta de luz, água e telefone, de pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640).

Passo a passo para a renegociação

Os interessados devem se inscrever no gov.br. Sem esse cadastro, não será possível acessar o sistema para realizar a renegociação.

Veja o passo a passo:

acessar o portal www.gov.br

selecionar "Entrar com gov.br"

digitar o CPF e clicar em "Continuar" – nessa etapa é possível criar ou alterar a conta

preencher formulário com dados pessoais.

Alcançar o nível Prata pode ser feito de três maneiras. Através da:

validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da foto junto à Carteira de Habilitação (CNH)

validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado. As instituições financeiras credenciadas são: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi e Mercantil do Brasil, ou

validação dos dados com usuário e senha do Sistema de Gestão de Acesso (SIGEPE), caso seja um servidor público federal.

O nível Ouro é obtido por meio da:

validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da sua foto nas bases da Justiça Eleitoral, ou

pela validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil.

Dívidas de até R$ 20 mil

Uma portaria publicada nesta quinta-feira (21) em edição extra do Diário Oficial disciplinou que dívidas de até R$ 20 mil poderão participar dos leilões.

Ou seja, as empresas poderão participar do leilão e oferecer descontos para dívidas de até 20 mil, mas nem todas as renegociações terão a garantia do programa.

Como o governo reservou apenas R$ 8 bilhões para o Fundo Garantidor de Operações (FGO), que vai cobrir eventuais inadimplências nas operações, a prioridade serão as dívidas de até R$ 5 mil.

Quanto maiores os descontos propostos pelas empresas, mais dívidas poderão ter a garantia do programa. Para o consumidor, a vantagem disso é que poderá pagar a dívida com desconto em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês.

A estimativa do ministério é renegociar cerca de R$ 161 bilhões, considerando todas as dívidas de até R$ 20 mil inscritas no programa.

Tramitação no Congresso

O governo enfrenta ainda outro dilema: a medida provisória que criou o programa vence no início de outubro.

Devido a uma discordância entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto à forma de tramitação das MPs, o conteúdo da matéria foi transferido para um projeto de lei - que ainda aguarda análise pelo Senado Federal.

Técnicos do Ministério da Fazenda e do governo no Senado explicaram que, se o parlamento não concluir a análise do tema até dia 03 de outubro, o programa vai parar em um "limbo jurídico".

Apesar disso, o ministério diz que manterá o cronograma previsto para o Desenrola.

Fonte: G1

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