Análise: o tempo dirá como o empate com Sport após abrir 3 a 0 será lembrado pela Ponte

Macaca não segura larga vantagem, mas soma ponto fora contra candidato ao acesso A Ponte Preta somou um ponto contra o Sport, em uma Ilha do Retiro pulsando com 25 mil torcedores, ou deixou escapar dois diante da larga vantagem construída no primeiro tempo?

É inevitável que o empate por 3 a 3 deixe um sabor amargo após a Macaca abrir 3 a 0.

Por outro lado, era um resultado que, antes de a bola rolar, a grande maioria da torcida alvinegra aprovaria - e que provavelmente poucos esperassem pelo cenário, com o time da casa brigando pelo acesso, e os visitantes ameaçados pela zona de rebaixamento.

Sport 3 x 3 Ponte Preta - Melhores momentos - 31ª rodada do Brasileirão Série B 2023

Mas só o tempo dirá como a igualdade na noite da última segunda-feira, em Recife, será lembrada na campanha da Macaca e qual efeito para a reta final do time.

Se a própria Ponte olhar para o que aconteceu na Ilha e usar a atuação no primeiro tempo como exemplo daqui para a frente, com espírito guerreiro, marcação forte e contra-ataque cirúrgico que resultaram em gols de Jeh e dois de Mailton em um intervalo de 11 minutos, pode ser um ponto de partida para a recuperação.

João Brigatti, aposta caseira da diretoria para substituir Pintado, apostou em uma formação com três volantes no meio (Felipinho, Felipe Amaral e Léo Naldi) e em Mailton aberto pela esquerda para explorar a velocidade ao lado de Eliel e Jeh.

Era um primeiro tempo "dos sonhos" até uma sobra de um escanteio originado em um corte desnecessário de Luiz Felipe recolocar o Sport no jogo aos 48 minutos e começar a mudar a história do confronto.

Lance de Sport x Ponte

Marlon Costa/Pernambuco Press

Agora, se a Ponte levar para a sequência da Série B os vacilos do segundo tempo, como a furada de Thiago Oliveira no lance de empate do Sport e a chance desperdiçada por Paul Villero nos acréscimos, o baque pelas circunstâncias da partida em um grupo já abalado pela situação delicada pode dificultar ainda mais a missão nas oito rodadas restantes.

A Ponte vinha segurando a blitz do Sport desde a volta do intervalo, com defesas de Caíque França e oportunidades perdidas pelo adversário, quando duas decisões polêmicas da arbitragem aumentaram a pressão rubro-negra: um pênalti marcado de Artur em Fabrício Daniel e a cobrança do atacante que os jogadores alvinegros reclamaram de paradinha - o que seria infração a favor da Macaca.

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Foi um duelo que, para além do roteiro emocionante, talvez tenha deixado mais perguntas do que respostas sobre o futuro da Ponte em campo. E a principal delas é: como o grupo vai encarar de fato o empate por 3 a 3, se apegando ao pontos positivos ou acusando o golpe?

A reação da equipe a partir do próximo domingo, quando recebe o Atlético-GO, outro candidato ao acesso, no Majestoso, ajudará a clarear se vai prevalecer a visão do copo meio cheio ou do copo meio vazio em relação ao que aconteceu na Ilha do Retiro na noite de 9 de outubro.

O empate com o Sport deixou a Ponte na 16ª colocação, à beira da zona de rebaixamento, com 34 pontos, quatro a mais que a Chapecoense, primeira equipe do Z-4.