Inflação acumulada em um ano acelerou de 6,76% para 8,06% na passagem de abril para maio. Combustíveis acumularam alta de 47,49% e as carnes, 38%. Indispensável na Cesta Básica de alimentos dos brasileiros, óleo de soja acumula alta de 86,87% em 12 meses
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O óleo de soja segue como o "campeão" das altas de preços em 2021, seguido pelo etanol. É o que apontam os dados da inflação oficial do país divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
IPCA: inflação tem maior alta para maio em 25 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, passou de 0,31% em abril para 0,83% em maio, uma aceleração de 0,52 ponto percentual no período. De acordo com o IBGE, "foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996", quando o indicador fiou em 1,22%.
Já o IPCA acumulado em 12 meses passou de 6,76% em abril para 8,06% em maio.
Os principais impactos na inflação em maio partiram da habitação, por causa dos reajustes na energia elétrica, e nos transportes, devido à alta dos combustíveis.
Para o indicador acumulado em 12 meses, o óleo de soja seguiu como líder da alta de preços, acumulando 86,87% de aumento no período. O etanol, com alta acumulada de 65,24%, assumiu o lugar do arroz no ranking - o cereal acumulou alta de 51,83% em um ano.
Entre produtos que têm maior peso na composição do IPCA, as maiores disparadas nos preços nos últimos 12 meses foram observadas entre os combustíveis (47,49%), sobretudo a gasolina (45,80%) e as carnes (38%), com destaque para o músculo bovino (44,50%).
Pelo lado das quedas de preços em 12 meses, os principais destaques foram a cenoura (-27,13%), a cebola (-25,14%), o transporte por aplicativo (-24,62%) e as passagens aéreas (-20,70%).
Abaixo, confira a lista de maiores altas e quedas de preços em 12 meses:
Maiores altas
óleo de soja: 86,87%
etanol: 65,24%
feijão-macáçar (fradinho): 58,04%
óleos e gorduras: 56,49%
arroz: 51,83%
colchão: 50,63%
combustíveis (veículos): 47,49%
gasolina: 45,80%
músculo bovino: 44,50%
costela: 44,24%
lagarto redondo: 43,88%
peito: 43,19%
pá: 42,87%
acém: 40,61%
óleo diesel: 39,26%
patinho: 38,95%
lagarto comum: 38,62%
carnes: 38,00%
repolho: 37,74%
cereais, leguminosas e oleaginosas: 37,52%
contrafilé: 37,23%
chã de dentro: 36,70%
alcatra : 36,54%
material hidráulico: 36,29%
pimentão: 34,47%
picanha: 32,75%
cupim: 31,82%
carne de porco: 31,81%
carne de carneiro: 31,35%
feijão-preto: 31,26%
salsicha em conserva: 31,23%
gás veicular: 31,13%
filé-mignon: 31,07%
pneu: 29,43%
tijolo: 27,66%
flores naturais: 26,57%
fígado: 26,25%
linguiça: 25,94%
gás de botijão: 24,05%
açúcar cristal: 23,86%
televisor: 23,36%
alface: 23,12%
banana-maçã: 23,01%
revestimento de piso e parede: 22,96%
peixe-pintado: 22,79%
joia: 22,55%
combustíveis (domésticos): 22,17%
mandioca (aipim): 21,70%
capa de filé: 21,55%
Peixe Curimatâ: 21,44%
Maiores quedas:
Cenoura: -27,13%
Cebola: -25,14%
Transporte por aplicativo: -24,62%
Passagem aérea: -20,70%
Batata-inglesa: -18,36%
Abacate: -15,76%
Tubérculos, raízes e legumes: -14,00%
Alho: -11,78%
Ônibus interestadual: -10,12%
Goiaba: -8,09%
Pepino: -8,04%
Farinha de arroz: -6,66%
Morango: -6,40%
Seguro voluntário de veículo: -6,18%
Tomate: -6,03%
Saia: -5,62%
Hospedagem: -4,99%
Artigos de maquiagem: -4,98%
Peixe-dourada: -4,88%
Ensino superior: -4,74%
Transporte público: -4,72%
Feijão-carioca (rajado): -4,45%
Conserto de televisor: -4,36%
Brinquedo: -4,18%
Pós-graduação: -4,15%
Manga: -3,53%
Peixe-pescada: -3,51%
Vestido infantil: -3,14%
Curso preparatório: -2,92%
Peixe-salmão: -2,67%
Pedras: -2,57%
Bacalhau: -2,51%
Neurológico: -2,32%
Peixe-tainha: -2,17%
Mochila: -1,89%
Camarão: -1,72%
Cursos regulares: -1,66%
Curso de idioma: -1,61%
Casa noturna: -1,53%
Livro não didático: -1,48%
Pré-escola: -1,46%
Bermuda/short infantil: -1,44%
Ônibus intermunicipal: -1,43%
Cinema, teatro e concertos: -1,36%
Blusa: -1,24%
Educação: -1,11%
Cursos, leitura e papelaria: -1,11%
Maçã: -1,04%
Peixe-serra: -0,87%
Mão de obra: -0,80%