Ômicron faz Japão ter maior número de casos de covid-19 em três meses

O Japão registrou 2.638 novos casos de covid-19 nesta quarta-feira, o maior número em mais de três meses, conforme a variante ômicron se espalha e faz com que os governos locais elevem o nível de alerta em todo o país.

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Esta foi a primeira vez desde o dia 26 de setembro que o Japão ultrapassou a marca de 2 mil casos de covid-19 em um único dia. Na ocasião, o país estava saindo de uma onda de contágios provocada pela variante delta.

Trabalhadoras, em Tóquio, usam máscara: essa foi a primeira vez desde 26 de setembro que o Japão ultrapassou 2 mil casos

Eugene Hoshiko/AP Photo

Tóquio registrou 390 novos casos, seguido dos 244 de Osaka. Em Okinawa, onde há vários contágios dentro de uma base militar dos EUA, confirmou mais 623 infecções, uma alta em relação às 400 do dia anterior.

O governador de Okinawa, Denny Tamaki, planeja pedir às autoridades federais que decretem estado de "quase emergência" na região para reforçar as medidas de combate ao vírus. “Pretendo agir rapidamente depois de ouvir as opiniões em uma reunião de especialistas”, disse Tamaki a jornalistas após o encontro.

Se o pedido for aprovado, restaurantes serão solicitados a fechar às 21h e apenas os autorizados pelo governo poderão servir bebidas alcóolicas. Outros estabelecimentos devem encerrar as atividades uma hora antes, às 20h. A medida seria implementada no próximo domingo e valeria até 31 de janeiro.

Okinawa já aumentou o nível de alerta em toda a província, pedindo que as reuniões privadas sejam limitadas a quatro pessoas e não durem mais do que duas horas. Áreas que estão passando por surtos também estão sendo solicitadas a cancelar celebrações, como festas de aniversário.

Nagano, Kawaga e Shiga, perto de Osaka, também aumentaram os níveis de alerta recentemente por causa da disseminação da ômicron. Tóquio tomou medidas preventivas para garantir leitos hospitalares antes de qualquer aumento nas hospitalizações. Se o número médio de infecções em sete dias exceder 100, a capital aumentará o número de leitos reservados para pacientes com covid-19 de 4 mil para cerca de 6,9 mil.