O que ajustar na Seleção

Melhores momentos de Japão 0 x 1 Brasil em amistoso internacional

Não é culpa da CBF o Brasil não enfrentar europeus. A UEFA fechou o continente ao criar a Liga das Nações. Fez o que é bom para as suas seleções, legítimo. Então, a Seleção faz os amistosos possíveis, as conclusões a tirar vêm daí.

O time do Tite está encaminhado e, claro, precisa de ajustes. O principal deles, não tirar Vinícius Júnior da geografia em que se sente melhor. A ideia de não estar aberto na ponta para dar espaço para Guilherme Arana ou Alex Sandro nasce equivocada. Ninguém fará melhor entrega no lado esquerdo do campo ofensivo do que o atacante do Real Madrid.

Não vejo necessidade de um camisa nove se o treinador insistir com o quarteto móvel que começou contra o Japão. Outro ajuste diz respeito a Neymar. Qualquer coisa no jogo dispara nele uma ideia de confronto pessoal como se tivesse que lutar contra tudo e todos. Aí, prende a bola, apanha, reclama e realimenta o ciclo.

Tite precisa insistir à exaustão para mudar este padrão. Neymar é o melhor jogador da Seleção, ponto. No entanto, será tanto mais essencial quanto mais coletivo se disponha a ser. De resto, a mecânica de jogo parece ajustada no atacar e no defender. O Brasil vai forte para o Catar.