Banco Central do Chile eleva taxa básica de juros de 9,75% a 10,75%

Por Redação em 07/09/2022 às 01:11:23

Medida é tentativa de conter inflação acima de 13% registrada em julho. O Banco Central do Chile anunciou, nesta terça-feira (6), o aumento de sua taxa básica de juros de 9,75% a 10,75% ao ano, em uma tentativa de enfrentar a pior inflação em quase três décadas e frente à deterioração das perspectivas de crescimento global.

"Em sua Reunião de Política Monetária, o Conselho do Banco Central do Chile acordou aumentar a taxa de juros da política monetária em 100 pontos base, a 10,75%", informou o BC em um comunicado divulgado no dia em que o presidente Gabriel Boric fez uma mudança profunda em seu gabinete com a troca de seis ministros-chave.

Com a votação dividida de seus membros, o conselho do BC tomou a decisão de elevar os juros, pois "a inflação total continuou aumentando e se situou em 13,1% anual em julho, enquanto a inflação subjacente subiu a 10% anual", informou a instituição em nota.

"O dado do IPC de julho surpreendeu na alta, principalmente pelo maior aumento de preços voláteis", acrescentou o BC.

Em julho do ano passado, a entidade monetária iniciou sua política de aumento dos juros, em um contexto de grande liquidez interna, que já vinha puxando os preços para cima.

"Desde o anúncio de intervenção do Banco Central, as tensões no mercado cambiário diminuíram. A volatilidade diminuiu e taxa de câmbio se valorizou. As taxas de juros de longo prazo se situam em níveis similares aos da reunião anterior", acrescentou o comunicado.

No âmbito internacional, os mercados financeiros globais "têm continuado a mostrar uma volatilidade elevada", principalmente pela incerteza em relação à trajetória da política monetária do Fed e seus impactos.

"As taxas de juros de longo prazo, em geral, têm aumentado nas últimas semanas e o dólar têm continuado a se valorizar em nível global", destacou o texto.

As próximas movimentações na taxa básica de juros vão depender da evolução do cenário macroeconômico, diante do qual "o conselho permanecerá especialmente atento aos riscos de alta da inflação, tanto pelo nível elevado que esta alcançou quanto pelo fato de que as expectativas de inflação a dois anos seguem acima de 3%".

Fonte: G1

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90