Messi por cima, Cristiano Ronaldo em baixa: o sobe e desce após a Copa do Mundo 2022

Mbappé, seleção francesa e Lionel Scaloni estão entre os destaques positivos; Neymar, Tite e geração belga caem no panteão do futebol mundial Foram 28 dias de jogos eletrizantes, zebras históricas, redenção de craques e enterros de certezas. A Copa do Mundo de 2022 deixou saudades e mudanças na ordem mundial do futebol. Confira abaixo quem sobe e quem desce após o torneio realizado no Catar:

Mbappé e Messi por cima, CR7 e Neymar em baixa após a Copa do Mundo

Infoesporte

? SOBE: Lionel Messi

Lionel Messi beija a taça da Copa do Mundo após a conquista do tri da Argentina

Hannah Mckay/Reuters

O título que faltava para o melhor jogador do século chegou, e com grande protagonismo do camisa 10 argentino. O argumento contra Messi como melhor de todos os tempos era que "Copa do Mundo é nota de corte"; agora que ele tem um título e mais uma penca de recordes no torneio, seus defensores ganham força no debate.

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? DESCE: Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo desaba em lágrimas após eliminação de Portugal

Reprodução

Se a Copa era a chance de provar que continuava sendo um artilheiro de primeira linha e merecia uma vaga na elite europeia, foi uma oportunidade desperdiçada. Ronaldo só deixou sua marca uma vez no Catar, de pênalti, e terminou o torneio amargando a mesma reserva que recebeu no Manchester United. Para piorar, está sem time, após rescindir com o clube inglês dias antes da estreia no Mundial.

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? SOBE: Mbappé

Mbappé fez Copa do Mundo exuberante, especialmente na final

REUTERS/Kai Pfaffenbach

É assustador pensar que, nesta terça, Mbappé completa apenas 24 anos de idade e já tem no currículo 12 gols em Copas, quatro em finais, uma artilharia e um título mundial. O francês não saiu com o troféu, mas teve uma das maiores performances de uma final na história, uma campanha muito boa no torneio e se coloca como forte candidato à Bola de Ouro em breve.

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? DESCE: Neymar

Neymar desolado após a derrota do Brasil para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo 2022

REUTERS/Hannah Mckay

Não que ele tenha jogado mal; foi o principal articulador da Seleção Brasileira e fez um gol antológico na prorrogação contra a Croácia. Mas novamente teve sua Copa atrapalhada por lesão. E caiu mal ele não ter chamado a responsabilidade de cobrar o pênalti com o Brasil sob risco de eliminação contra a Croácia (ainda que esta culpa seja dividida com a comissão técnica). Viu sua melhor chance de se sagrar campeão mundial escapar e seus companheiros de PSG, Messi e Mbappé, brilharem intensamente na final.

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? SOBE: Lionel Scaloni

Lionel Scaloni levanta a taça da Copa do Mundo com a camisa que usou como jogador pela Argentina no título do Mundial Sub-20 de 1997

Hannah Mckay/Reuters

O treinador interino que acabou ficando se provou um estrategista de primeira linha, capaz de mudar o time de acordo com o adversário e acertar. De quebra, convenceu a equipe a correr por Messi e, com um dos elencos menos estrelados que a Argentina levou à Copa nos últimos 30 anos, enfim trouxe "la tercera" para a alviceleste.

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? DESCE: Tite

Tite em seu último jogo pela seleção brasileira

Robert Michael / picture alliance via Getty Images

Se juntou a Telê Santana como únicos treinadores a comandarem a Seleção Brasileira em duas Copas sem sair com o título. Quando o time mais precisou de sua mão, nas quartas de final contra a Croácia, foi infeliz nas substituições e ainda foi criticado por segurar Neymar para a quinta cobrança de pênalti, que nunca existiu.

? SOBE: futebol francês

França comemora contra Marrocos: seleção tem média de idade baixa e pode fazer barulho em 2026

Catherine Ivill/Getty Images

Apesar do sumiço por boa parte da final contra a Argentina, a campanha no Catar mesmo após a série de lesões a jogadores importantes comprova a profundidade de talentos desta geração francesa. Upamecano, Theo Hernández, Tchouaméni, Rabiot, Griezmann, Dembélé e Mbappé todos têm idade para retornar em 2026, além de vários dos reservas e de alguns dos cortados.

? DESCE: geração belga

A Bélgica foi eliminada pela Croácia ainda na fase de grupos da Copa de 2022

OZAN KOSE / AFP

A tão celebrada geração belga viveu seu ápice na Copa de 2018. No Catar, foi uma das maiores decepções, eliminada ainda na fase de grupos em meio a rumores de racha no elenco. De Bruyne, de apenas 31 anos de idade, afirmou que o time estava envelhecendo e não tinha chances de ser campeão. Ele acertou.

? SOBE: Croácia

Seleção da Croácia comemora a medalha de bronze na Copa do Mundo

Reuters

Pode não ser o futebol mais vistoso, mas a escola croata é eficiente. Nas últimas sete Copas do Mundo, conquistou três pódios (um vice-campeonato e duas medalhas de bronze) - desempenho melhor no mesmo período que o pentacampeão Brasil, a quem eliminou nas quartas de final. Talvez Modric esteja certo: devíamos enxergar a Croácia como uma potência do futebol.

? DESCE: Brasil

Jogadores da seleção brasileira lamentam eliminação da Copa do Mundo 2022

EFE

Está garantido: a seleção brasileira vai, no mínimo, igualar o jejum de 24 anos sem um título mundial que separou o tricampeonato de 1970 e o tetra em 1994. E embora o futuro pareça promissor com jogadores como Vini Jr, Rodrygo, Richarlison, Antony e Martinelli ainda entrando no seu auge - fora os adolescentes Endrick e Vitor Roque - fica a dúvida sobre quanto de protagonismo Neymar, aos 34 anos, poderá ter em 2026. E ainda tem a questão do treinador que substituirá Tite, ainda indefinido.

? SOBE: defender sem a bola

Na base da defesa, Marrocos se tornou primeira seleção africana a chegar às semifinais da Copa

Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images

Na era em que posse de bola é tido como o fundamento mais importante do futebol, Marrocos, Croácia e Japão mostraram que ainda é possível dominar um jogo sem ela. Os dois primeiros foram até as semifinais mesmo se defendendo sem a bola, e os japoneses derrotaram dois gigantes, Espanha e Alemanha, com menos de 30% de posse em cada um.

? DESCE: Alemanha e Espanha

A Alemanha foi eliminada na fase de grupos da Copa pela segunda edição consecutiva

Ina Fassbender / AFP

Duas favoritas ao título antes do torneio, as campeãs mundiais decepcionaram no Catar. Pela segunda Copa consecutiva, os alemães voltaram para casa na primeira fase. Os espanhóis estrearam com uma goleada impressionante sobre a Costa Rica, mas depois decepcionaram e voltaram a mostrar a velha dificuldade de fazer gols mesmo dominando a posse de bola.

? SOBE: Impedimento semiautomático

VAR anula gol da Alemanha de Rudiger por impedimento

A tecnologia do impedimento usando as câmeras e o chip na bola foi sucesso e reduziu o tempo de revisão dos lances. A única crítica ficou para o rigor da regra com tamanha precisão tecnológica; no jogo entre Croácia e Bélgica, por exemplo, uma diferença imperceptível a olho nu decretou um impedimento que acabou anulando a marcação de um pênalti na continuação do lance.

? DESCE: VAR

"Dois pênaltis sonegados para Portugal": veja a análise da Central do Apito

Se achavam que o árbitro de vídeo encerraria as polêmicas de arbitragem, a Copa de 2022 provou definitivamente que nem o uso de replay é infalível. Foram inúmeras polêmicas envolvendo o VAR na Copa, tanto em lances que o árbitro de vídeo chamou o juiz de campo à revisão (principalmente na primeira fase), quanto em lances que não houve chamado à revisão (mais presentes na segunda fase).