Venda do Manchester United: prazo para ofertas termina nesta sexta

Família Glazer estaria disposta a negociar a propriedade do clube inglês por R$ 37,7 bilhões Termina nesta sexta-feira o prazo para a apresentação de ofertas dos eventuais interessados na possível compra do Manchester United. As partes devem apresentar até 19h (horário de Brasília) documentos que comprovem a capacidade financeira para a aquisição do clube, além dos motivos para tal.

+ Confira a tabela da Liga Europa 2022/23

+ Confira a tabela da Premier League 2022/23

Prazo para as ofertas de compra do Manchester United terminam nesta sexta-feira

Reuters

O clube foi posto à "possível venda" no fim de novembro do ano passado pelos atuais proprietários, os irmão Abram e Joel Glazer. Essa medida fazia parte do leque de “alternativas estratégicas” da diretoria.

O pais deles, Malcolm Glazer, comprou o controle do Manchester United em 2005, ao custo de 790 milhões de libras na época. Ele morreu em 2014. A princípio, o plano da família é vender a propriedade agora em 2022 por seis bilhões de libras (R$ 37,7 bilhões hoje). O clube é avaliado em cinco milhões de libras.

Não há um prazo para a venda do United. Caso haja o acordo com alguma parte, ele ainda precisa ser ratificado pela Premier League, como aconteceu recentemente com o Chelsea.

Barcelona 2 x 2 Manchester United - Melhores Momentos - segunda fase da Liga Europa

Avram Glazer Joel Glazer Manchester United

Getty Images

Possíveis compradores

Entre os interessados na nova aquisição estaria um grupo de investidores do Catar. Há divergência na imprensa inglesa sobre a composição desse grupo. Alguns veículos afirmam que ele não teria ligação direta com o governo catari ou com a empresa Qatar Sports Investments, dona do Paris Saint-Germain.

Outros jornais, como o "The Guardian", sustentam que o interessado seria justamente o Emir do Catar, o sheik Tamim bin Hamad Al Thani, tido como torcedor do Manchester United. O emir estaria disposto a oferecer 4 bilhões de libras (R$ 25,1 bilhões).

Na quarta-feira, a organização não-governamental de direitos humanos “FairSquare” escreveu uma carta para a Uefa, em que expressou a sua preocupação com a possibilidade de investidores do Catar se tornarem donos tanto do United quanto do PSG. Pelas regras da confederação europeia de futebol, dois clubes controlados pela mesma instituição não podem disputar as mesmas competições.

Um concorrente já confirmado é o bilionário inglês Jim Ratcliffe, considerado o mais rico do Reino Unido. Ele é o fundador, presidente e maior acionista do conglomerado Ineos, que atua no ramo de produtos químicos. O grupo também é o proprietário do Nice.

A mídia inglesa também menciona possíveis interessados dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.

James Ratcliffe pretende comprar o Manchester United

AFP

Era pós-Ferguson: seca de títulos na PL

Desde que o Manchester United passou a ser comandado pelos irmão Avram e Joel Glazer — o que coincidiu com a saída do técnico Alex Ferguson —, o time não conquistou mais títulos da Premier League.

O troféu mais relevante foi a Liga Europa de 2017. Naquele mesmo ano, a equipe também faturou a Copa da Liga Inglesa. Houve também um título da Copa da Inglaterra em 2016.

Eles vêm sendo alvos de protestos constantes de torcedores, que acusam os donos de não dar voz à torcida e falhar na política de contratações, com gastos altos e pouco retorno esportivo.