Vai que um dia não consegue virar...

Athletico-PR visita Bragantino e tenta voltar a vencer sem sofrer tanto como nas oito viradas deste 2023 Em mais uma rodada de grandes jogos pelo Brasileirão da Série A, difícil é montar a agenda de partidas a acompanhar.

Por Redação em 20/05/2023 às 01:41:15

Athletico-PR visita Bragantino e tenta voltar a vencer sem sofrer tanto como nas oito viradas deste 2023 Em mais uma rodada de grandes jogos pelo Brasileirão da Série A, difícil é montar a agenda de partidas a acompanhar. Neste sábado, às 18h30, uma delas sem dúvida é o duelo entre os bem montados Bragantino e Athletico-PR - que reeditam a decisão da Sul-Americana 2021, vencida pelo Furacão em Montevidéu, apesar de hoje ambos viverem momentos bem distintos daquele. Não dá para apontar um favorito, mas pelo retrospecto seria possível imaginar que o Massa Bruta sairia na frente do placar e o time Paulo Turra viraria o placar. Neste 2023 foram nada menos do que 8 viradas, somando Estadual, Copa do Brasil e Brasileiro - ué, mas não era o Vasco o time da virada? Se isso mostra uma força técnica, tática e mental enorme dos paranaense, ao mesmo tempo levanta um dúvida: será que o time não arrisca demais? E se chegar um dia em que não consiga virar?

Ricardo Gonzalez analisa Bragantino x Athletico-PR, pela 7ª rodada do Brasileirão 2023

Esse dia pode muito bem ser agora, em Bragança Paulista. O time de Pedro Caixinha, mesmo não atingindo ainda o nível dos melhores tempos de Maurício Barbieri, está cada vez mais consistente. Cito especialmente os dois empates pesados fora de casa contra o Grêmio (3 a 3 na Arena) e o Palmeiras (sim, o conterrâneo de Abel Ferreira parou o gigante no Allianz Parque, 1 a 1), quando o time jogou melhor em parte desses jogos. O problema do Bragantino é ter que dividir as atenções com a Sul-Americana (olha ela aí de novo...), na qual lidera seu grupo ao lado do Estudiantes argentino - boa situação, mas apenas um avança por grupos nessa fase. E neste sábado não terá Juninho Capixaba, suspenso.

O Athlético vem fazendo uma temporada admirável. Campeão estadual, firme na Copa do Brasil (onde já virou jogos contra CRB e Botafogo), confortável na Libertadores. Tem um elenco com muitas opções, e um treinador que tem muito a evoluir mas que vem se revelando um digno herdeiro de Luiz Felipe Scolari. Mas que parece ter gostado de sofrer. Se o copo meio cheio mostra um time focado, psicologicamente forte, intenso até o fim dos jogos, o copo meio vazio é preocupante: se a obrigação de virar jogos (ou seja, marcar no mínimo dois gols) é constante, significa que algo está bem errado com o time.

Tipo: será desconcentração no início das partidas - tipo com sete jogadores na área, ninguém marcar Tiquinho Soares no primeiro gol sofrido para o Botafogo? Será excesso de confiança pela boa fase? Ou será que Paulo Turra anda escolhendo de maneira errada a formação inicial nos jogos? Bem, ao menos se for esta última, o técnico mexe durante os jogos e o time responde bem... Fato é que não dá para achar tudo normal o time ter que virar tantos jogos. Porque há de chegar um dia em que as coisas não sairão a contento e o Furacão perderá. Turra tem, portanto, que achar respostas o quanto antes.

Com virada ou sem virada, esse duelo é daqueles para não perder por nada. Em campo ou diante da TV...

Fonte: Globo Esporte/G1

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