'Colocaram preço na vida dela', diz irmão de professora arremessada de viaduto sobre fiança que soltou motorista bêbado

Família de Andreza de Souza, de 36 anos, afirma que quer justiça após motorista pagar R$ 5 mil para sair da prisão. Ela foi arrastada e arremessada de um viaduto após ser atingida por caminhonete em rodovia de São Roque (SP). Professora de dança morreu após ter moto atingida por caminhonete e ser arremessada de viaduto

Reprodução/Facebook

"Eles colocaram um preço na vida dela. Ele pagou R$ 5 mil e está solto. Isso é uma injustiça". O relato é de Carlos Renato de Oliveira, irmão da professora de dança que morreu ao ser atingida por uma caminhonete e arremessada de um viaduto em São Roque (SP). Segundo a Polícia Civil, o motorista estava embriagado.

Andreza de Souza, de 36 anos, estava voltando do trabalho por volta das 22h de quarta-feira (7), quando foi atingida pelo veículo, que vinha em alta velocidade.

Ela foi arrastada e arremessada do viaduto, que fica no quilômetro 58 da Rodovia Raposo Tavares, na altura do bairro Gabriel Pizza. De acordo com a corporação, o motorista tem 30 anos, é comerciante na cidade e foi interrogado na presença do advogado.

Ele não apresentava lesões após a batida, mas foi constatada a embriaguez de 0,46 miligramas de álcool por litro de ar alveolar.

Andreza de Souza com os irmãos em São Roque (SP)

Arquivo pessoal

Segundo apurado pelo G1, ele permaneceu preso até as 13h30 de quinta-feira, quando o juiz deu alvará de soltura mediante fiança. Agora, o motorista tem cinco dias para pagar R$ 5 mil e aguardar a investigação em liberdade.

"Não está sendo fácil passar por isso. Foi uma morte tão trágica e tudo aconteceu de repente. O que mais revolta é que o rapaz está solto", diz Carlos.

Motociclista morreu após bater em caminhonete e cair de viaduto em São Roque

Divulgação/São Roque Notícias

'Era cheia de planos'

Carlos contou ao G1 que a professora de dança sempre foi apaixonada pelo trabalho e que não media esforços para alcançar os sonhos.

Deza, como era conhecida na cidade, foi funcionária de uma empresa terceirizada da Prefeitura de Mairinque (SP) até o fim de 2019. Ela dava aulas de ritmos e ginástica para grupos da terceira idade.

"Ela era muito animada e contagiante, cheia de vida e planos. Ela gostava de fazer vídeos e fotos dançando. Amava dançar e era muito conhecida na cidade", conta o irmão.

Amigos prestaram homenagens para professora de dança que morreu em acidente em São Roque (SP)

Reprodução/Facebook

Nas redes sociais, alunos e amigos lamentaram a morte. "Grande professora de uma alegria contagiante", dizia um dos posts.

O corpo de Andreza foi enterrado na tarde de quinta-feira, em São Roque. Para a família, agora fica a saudade e a lembrança de uma mulher jovem e cheia de amor pela vida.

"A memória que fica é dela sempre sorrindo, sempre querendo marcar um encontro, se divertir, reunir a família. Ela ajudou na decoração do quarto do meu bebê, já que minha esposa está grávida de sete meses. Isso nunca vamos esquecer", afirma Carlos.

V

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