Defasagem nos preços do diesel e da gasolina chega a 2 dígitos, diz Abicom

Por Redação em 10/10/2022 às 14:30:02

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, o diesel da Petrobras está 13% abaixo do preço no mercado internacional e a gasolina, 10% abaixo A diferença entre os preços do diesel e da gasolina vendidos pela Petrobras nas refinarias e as cotações mercado externo chegou à casa dos dois dígitos para esses dois combustíveis na manhã desta segunda-feira (10), de acordo com os cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Segundo a associação, o diesel da Petrobras está 13% abaixo do preço no mercado internacional, com necessidade de um aumento de R$ 0,75 por litro, em média, para chegar à paridade. A estatal vende diesel a R$ 4,89 o litro, em média, desde 19 de setembro.

No caso da gasolina, a defasagem na manhã de hoje era de 10%, com espaço para um aumento de R$ 0,36 por litro, em média. A gasolina da Petrobras já chega a 40 dias sem aumentos. O último reajuste foi em 1º de setembro, quando a gasolina passou a ser vendida a R$ 3,53 por litro.

Entre julho e setembro, período de queda nos preços internacionais do barril de petróleo, a Petrobras intensificou cortes nos preços, com três reduções no diesel e quatro diminuições na gasolina. A intensificação das quedas coincidiu com o período eleitoral.

Nas últimas semanas, entretanto, o barril voltou a subir, mas a estatal ainda não anunciou novos aumentos nos preços internos. Hoje pela manhã, o Brent, principal referência internacional para a commodity, chegou a US$ 97,24 o barril.

A defasagem nos preços da Petrobras em relação aos preços no exterior prejudica a atuação dos importadores independentes, pois gera prejuízos a esses agentes e cria incertezas sobre o abastecimento nacional. Cerca de 30% da demanda brasileira por combustíveis é atendida por importações.

Fonte: Valor Econômico

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