Dólar opera em queda, à espera de Fed e BC

Por Redação em 01/02/2023 às 09:38:45

No dia anterior, a moeda norte-americana registrou queda de 0,80%, vendida a R$ 5,0732. Dólar

Pixabay

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (1), à espera das decisões sobre taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Às 9h07, a moeda norte-americana caía 0,29%, cotada a R$ 5,0586. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,80%, cotada a R$ 5,0732. Com o resultado, fechou o mês com uma perda acumulada de 3,88%. Na semana, a queda é de 0,74%.

O que está mexendo com os mercados?

As decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do Banco Central brasileiro devem orientar os mercados nesta quarta-feira.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve divulga às 16h sua decisão de política monetária. A taxa básica de juros está entre 4,25% e 4,5% e a expectativa é de alta de 0,25 ponto percentual, para entre 4,5% e 4,75%. Às 16h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva para comentar a decisão.

Será divulgada ainda pesquisa de criação de empregos no setor privado dos EUA de janeiro. A leitura anterior foi de abertura de 235 mil vagas de trabalho. A expectativa é de criação de 178 mil vagas.

Para a equipe da Rico, os dados apontam para uma contínua desaceleração da inflação nos EUA. Porém, com o risco de recessão ainda presente, o mercado continua cauteloso com os ativos de risco.

Para Rafael Scardua, sócio da Matriz Capital, caso realmente haja sinalização de afrouxamento no aumento das taxas de juros nos EUA, os mercados devem reagir positivamente. "Se a decisão abrir espaço para que seja iniciada a queda da taxa de juros, as empresas terão mais espaço para se expandir".

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Já por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia, a partir das 18h30, a decisão sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, a ser praticada até 22 de março de 2023. Segundo pesquisa realizada pelo Valor PRO junto a 106 instituições financeiras consultadas, há unanimidade de permanência da taxa.

Jaiana Cruz, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, acredita que a queda da Selic possa se tornar realidade somente a partir do segundo semestre de 2023, "porque o cenário continua repleto de incertezas".

"À medida que começarmos a ver uma inflação menor, o BC vai atuar para que a taxa de juros seja compatível. Mas hoje temos um cenário de riscos fiscais e, até que a gente veja a inflação melhorando de fato, acredito que a estratégia seguirá sendo a de manutenção de juros", prevê Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Investidores ainda ficam de olho nas eleições internas no Congresso que acontecem nesta semana.

Fonte: G1

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