Caso Marielle: 'Ninguém cometeria um crime daquele sem ter sido muito bem pago', diz Anielle Franco

Ministra de Igualdade Racial comentou investigações nesta quinta – dia que em Marielle Franco completaria 44 anos. Semana foi marcada por delação de réu e prisão de suspeito. 'Ninguém cometeria um crime daquele sem ter sido muito bem pago', diz Anielle Franco

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou nesta quinta-feira (27) confiar que as investigações da Polícia Federal encontrarão os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 2018.

"Ninguém cometeria um crime daquele sem ter sido muito bem pago, né? Primeiro, pela dificuldade que foi aquilo. Segundo, por toda a questão que envolve não só o carro, mas a arma utilizada no crime", declarou Anielle.

Irmã de Marielle, a ministra voltou a comemorar os avanços das investigações divulgados nessa semana. Suspeito de participar do crime, o ex-bombeiro Maxwell Corrêa foi preso nesta segunda (24) com base em uma delação premiada feita pelo ex-PM Élcio de Queiroz, réu confesso pelo assassinato.

"Agora, é focar nesse futuro [da investigação]. Foram mais de cinco anos de espera, a gente espera que não precise aguardar mais cinco anos para descobrir quem mandou matar, e por que", declarou Anielle.

O assassinato de Marielle foi o ápice da violência política, diz Anielle Franco

Cinco anos sem respostas

A vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018. Marielle foi morta a tiros dentro de um carro no Rio de Janeiro. O motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu.

Nesta semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse também que a fase de investigação foi concluída com a delação de Élcio de Queiroz – e que a partir de agora o foco é descobrir quem mandou matar Marielle.

Dino disse ainda que é indiscutível que Marielle foi assassinada pela atuação de milícias no Rio de Janeiro.